Projetos de Pesquisa

 

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Monika Richter

Ciências Humanas

Geografia
  • gestão territorial e sustentabilidade: compromissos com a pesquisa no litoral sul fluminense na perspectiva da agroecologia, turismo de base comunitária, gestão participativa de risco e segurança hidrica
  • As Etnociências tem apontado um novo caminho a fim de incorporar os conhecimentos tradicionais às ações públicas. Neste sentido, requer que as comunidades sejam efetivamente protagonistas das suas próprias trajetórias de desenvolvimento, que tenham autonomia sobre a gestão dos seus territórios e dos recursos naturais neles existentes. No contexto do litoral sul fluminense, as comunidades tradicionais (caiçaras, pescadores artesanais, indígenas, camponeses e quilombolas) enfrentam há décadas processos de expropriação de seus territórios, seja com relação à expansão urbana relacionadas as atividades turísticas, seja em função da demarcação de Unidades de Conservação nas áreas onde habitam. Há, portanto, um movimento histórico de exclusão dessas populações e de negação de seus saberes e fazeres tradicionais, concebidos com base em uma relação intrínseca com a natureza. Entretanto, algumas dessas comunidades vêm resistindo a essas formas de submissão, recriando experiências, onde o turismo de base comunitária, a agroecologia, a gestão de risco e a segurança hídrica tem sido peças-chave para a manutenção de uma relação harmoniosa com a natureza e a geração de renda. Desta forma, o projeto de Gestão Territorial, Geoinformação e sustentabilidade no litoral sul fluminense tem como proposta central qualificar as agendas de pesquisas dos grupos envolvidos, sobretudo no que diz respeito aos temas convergentes à gestão territorial e a governança de base comunitária. Serão priorizadas as comunidades onde já há atividades de pesquisa em andamento, como os quilombos da Baía da Ilha Grande (BIG) e as comunidades caiçaras da Ilha Grande. Espera-se ainda, que o projeto seja um espaço de construção coletiva de conhecimento (etnoconhecimento e conhecimento científico), fortalecendo também as redes de parcerias entre as Universidades, as organizações da sociedade civil e as instituições públicas que atuam no território da BIG, declarada patrimônio misto da humanidade pela UNESCO.
  • Universidade Federal Fluminense - RJ - Brasil
  • 12/12/2023-31/12/2026
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Monique Freire dos Reis

Ciências da Saúde

Medicina
  • mulheres na rua também escolhem: educação e acesso a saúde reprodutiva de mulheres em situação de rua em manaus-am
  • Estima-se um crescimento de 230% da população de rua no Brasil, com aumento significativo da população feminina. As mulheres em situação de rua constituem um dos grupos mais vulneráveis, estando inseridas em contextos de violência e estigmatização. Dentre os fatores associados a precariedade da saúde reprodutiva e sexual são observados o ambiente de exploração sexual combinado a casamentos precoces, gravidez não planejada, escasso uso de contraceptivos e dificuldade de acesso à saúde seja por questões financeira, educacionais ou de preconceito no serviço. Apesar de não desejarem engravidar nesse momento, estudos demonstram que grande parte dessa população não utilizam qualquer método contraceptivo. Nesse contexto, é essencial a criação de projetos de intervenção capazes de desenvolver estratégias de educação em saúde combinadas com métodos ativos que garantam acesso, autonomia e o poder de escolha da “mulher de rua” sobre sua saúde. Dessa forma, há evidencias que demonstram que os métodos reversíveis de longa duração (LARCs) apresentam o melhor custo-benefício para o planejamento reprodutivo, em especial para grupo vulneráveis, e são uma alternativa eficaz para reduzir gravidez não planejada, auxiliando na redução da mortalidade materno-infantil. Sabendo disso, através da estruturação de um serviço de oferta de métodos contraceptivos de curta e longa-duração associado a medidas socioeducativas voltadas para mulheres em situação de rua em Manaus, procura-se com este projeto compreender os fatores associados na escolha do contraceptivo por essas mulheres, como também produzir evidências científicas acerca do impacto de medidas educativas e intervencionistas na saúde reprodutiva e sexual da mulher em situação de rua, contribuindo no processo para melhoria do acesso aos anticoncepcionais e serviços de saúde, capacitação dos futuros profissionais de saúde e desenvolvimento de estratégias de disseminação de informação para comunidade, meio científico e governamental.
  • Universidade Federal do Amazonas - AM - Brasil
  • 13/12/2023-31/12/2026
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Morgana Domênica Hattge

Ciências Humanas

Educação
  • anos iniciais do ensino fundamental: que lugares ocupam as infâncias?
  • A relação das infâncias com a creche e a pré-escola tem sido amplamente estudada por pesquisadores, professores e entidades. Porém, ao adentrarem à escola de Ensino Fundamental, as crianças passam a integrar um contexto que, na maior parte das vezes, ignora as necessidades das infâncias, atendendo aos apelos de uma educação mercadológica e marcada pela individualidade e incentivo à competitividade. Este projeto trata da relação que se estabelece entre as infâncias e a escola, buscando problematizar as práticas pedagógicas, os modos de ensinar e aprender, as formas como as diferenças são tratadas nos contextos vivenciados pelas crianças, estudantes do Ensino Fundamental. O problema central do estudo se expressa da seguinte forma: de que modo a cultura escolar é compreendida por crianças de 6 a 11 anos, estudantes do Ensino Fundamental, dos Anos Iniciais? A partir de escuta atenta e sensível, espera-se perceber a compreensão das crianças acerca de como se dão as práticas pedagógicas, os processos de ensino e aprendizagem e a forma como a escolha acolhe as diferenças. A hipótese inicial é a de que as crianças têm muito a dizer quando um ambiente acolhedor se institui e que os seus ditos podem contribuir sobremaneira na problematização das práticas vigentes e na construção de modos outros de ser e estar na escola. Em projeto de pesquisa anteriormente conduzido por um dos grupos proponentes deste estudo, foi possível perceber a potência das manifestações das crianças, atentas ao que se passa nos espaços em que estão inseridas (HORN; HATTGE; SCHWERTNER, 2021). A estratégia metodológica a ser adotada na investigação é a escuta atenta e sensível de crianças de 6 a 11 anos, estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tomando-se como materialidade de análise desenhos, escritas e manifestações orais das crianças em momentos de interação com as pesquisadoras e demais participantes do estudo.
  • Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES - RS - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026