Projetos de Pesquisa

 

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Micheline Rosa Silveira

Outra

Ciências Ambientais
  • avaliação ecotoxicológica dos antirretrovirais dolutegravir, lamivudina e tenofovir sobre os organismos aquáticos biomphalaria glabrata, daphnia magna, microcystis novacekii, aliivibrio fischeri, artemia salina, chlorella vulgaris, hyalella azteca e danio
  • No Brasil, existem aproximadamente 900 mil pessoas em terapia antirretroviral. Desde 2017, o esquema inicial preferencial de 1ª linha para o tratamento do HIV em adultos é constituído por três medicamentos, Tenofovir (TDF), Lamivudina (3-TC) e Dolutegravir (DTG). Esses antirretrovirais são ferramentas importantes nas políticas governamentais no controle da transmissão do vírus do HIV. No entanto, poucas informações sobre o impacto ambiental desses medicamentos estão disponíveis na literatura científica. Tem-se conhecimento da presença de diversos antivirais em corpos de águas superficiais utilizadas para o abastecimento de populações. Destaca-se ainda, que os tratamentos convencionais de esgoto doméstico e água para abastecimento não visam à eliminação desses fármacos e seus possíveis metabólitos. Por meio de ensaios de ecotoxicidade, organismos aquáticos de diferentes níveis tróficos são utilizados com o objetivo de conhecer os efeitos ambientais de diferentes substâncias. Esses testes são utilizados como ferramenta complementar para vigilância ambiental e para o monitoramento de efeitos de produtos químicos sobre os diferentes ecossistemas aquáticos. Nesse sentido, propõe-se a utilização de diferentes modelos biológicos, dentre eles bactérias (Microcystis novacekii e Allivibrio fischeri), microalga (Chlorella vulgaris, Raphdocelis subcapitata), microcrustáceos (Daphnia similis, Ceriodaphnia dúbia e Artemia salina), crustáceo (Biomphalaria glabrata e Hyalella azteca) e peixe (Danio rerio), para a avaliação ecotoxológica dos antirretrovirais. Além de avaliar os efeitos sobre diferentes níveis tróficos, ensaios de toxicidade (aguda e crônica), citotoxicidade, genotoxicidade e embriotoxicidade serão utilizados para avaliar a toxicidade desses resíduos (fármaco, medicamento e excipientes) sobre diferentes biomarcadores. Os resultados produzidos contribuirão para um maior entendimento sobre o impacto desses resíduos no ambiente.
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • 04/12/2023-31/12/2026
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Michelle Agostini

Ciências da Saúde

Odontologia
  • exame preventivo da boca na atenção primária à saúde: uma abordagem direcionada à população com risco aumentado para o câncer de boca no município do rio de janeiro
  • O câncer de boca (CB) é um problema de saúde pública no Brasil, com alta morbidade e mortalidade, associadas principalmente ao diagnóstico tardio, que implica em tratamento de alto custo e grande impacto social, com sequelas estéticas e funcionais. Tabagistas e etilistas apresentam um risco aumentado para a doença, sendo a detecção precoce a forma mais eficaz de aumentar a sobrevida. No Brasil, o plano de ações para o enfrentamento do câncer recomenda o diagnóstico precoce pelo exame oportunístico, o qual é executado durante as visitas regulares ao dentista. Porém, essa estratégia ainda não foi capaz de reverter o quadro de diagnóstico tardio, provavelmente relacionado ao reduzido acesso às consultas odontológicas pelos grupos mais vulneráveis. Estudos apontam a eficácia do exame físico preventivo da boca (EPB) para detecção precoce quando direcionado à população com o risco aumentado para a doença. O presente estudo tem como objetivo comparar diferentes estratégias que visam ampliar o acesso da população com risco aumentado para o CB ao EPB. Um ensaio de campo randomizado em clusters (grupo controle e grupos experimentais I e II) será desenvolvido nas unidades da Atenção Primária à Saúde na Área Programática 5.2 do município do Rio de Janeiro (oito bairros da Zona Oeste). No grupo controle não haverá modificação do atendimento vigente. Em ambos os grupos experimentais os Agentes Comunitários e profissionais de saúde serão qualificados para a prevenção do CB e orientados a convocar os usuários com risco aumentado para o EPB na unidade de saúde. Após 6 meses, no grupo experimental I, será realizada uma busca ativa dos usuários que não compareceram para o EPB, enquanto no grupo experimental II, uma campanha sobre o CB será realizada durante um mês convidando a população para o exame. Depois de dois anos, o número de pessoas com risco aumentado para o CB examinadas em cada grupo será comparado e correlacionado com variáveis sócio-demográficas e clínico-patológicas.
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro - RJ - Brasil
  • 12/12/2023-31/12/2026