Projetos de Pesquisa

 

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Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Irffi

Ciências Humanas

História
  • a fabricação de um interior para o brasil: o alto sertão e as lutas de independência
  • O processo de independência brasileiro foi marcado também pelo esforço para estabelecer o território da nação, com a manutenção dos limites da antiga América Portuguesa, num processo inverso à fragmentação experimentada pela vizinha América Espanhola. Internamente, a definição do espaço político e administrativo, bem como suas fronteiras, foi controversa. Trata-se da tentativa de domínio de um espaço que ficou conhecido como Alto Sertão, distante do centro administrativo da nova nação, e que desafiava o poder e alcance da Corte do Rio de Janeiro, bem como os limites geopolíticos das províncias do Norte. Importa entender a tensão entre uma delimitação territorial alheia aos projetos de integração e a consolidação do território e do Império do Brasil nos moldes da Corte. Para isso, é necessário superar uma discussão que restringe o período da independência como passivo e pacífico e evidenciar como esse processo foi demorado, tendo efeitos até 1825, e não imediatista, como marcado pela historiografia tradicional do evento ‘independência ou morte’. E compreender quão ameaçadora pode ter sido a ocorrência de revoltas para os projetos de integração e manutenção do território brasileiro em toda a sua extensão; analisar em que medida a Revolução Pernambucana (1817) e a Confederação do Equador (1824) se constituem, junto à revolta de Pinto Madeira (1831), no Ceará, três momentos de um mesmo conflito em torno do território e suas bases de poder (que contribuíam para uma centralização administrativa e a formação da nação); e, nesse processo, estudar as tensões entre proprietários de terras e políticos do Alto Sertão, com relação à produção do território da nação. A documentação arrolada para a pesquisa é em parte inédita e constituída por fontes cartoriais, cartográficas, correspondências oficiais, documentos militares e processos-crimes relacionados às questões de terra e marcos espaciais do chamado Alto Sertão.
  • Universidade Federal do Ceará - CE - Brasil
  • Wed Aug 24 00:00:00 BRT 2022-Sun Aug 31 00:00:00 BRT 2025
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Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos

Ciências Biológicas

Genética
  • rede de vigilância genômica para sars-cov-2 no brasil, rússia, índia, china e áfrica do sul (ngs-brics)
  • A Rede de Vigilância Genômica para SARS-CoV-2 no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (NGS-BRICS) formará um consórcio que pretende acelerar a transformação de dados genômicos em pesquisas e intervenções clínicas e de saúde pública. Através do sequenciamento genômico total (WGS), análises de bioinformática, métodos matemáticos e epidemiológicos, será possível fazer o rastreamento do vírus até a identificação de clusters de transmissão. A equipe brasileira é composta por cinco Instituições (LNCC, UFRJ, UFMG, UNESP e FEEVALE) que participam da Rede CoronaÔmica-BR, apoiada pelo MCTI, e que já atuam de forma colaborativa na pandemia da COVID-19. Os cinco principais grupos de vigilância genômica e de big data dos países do BRICS são os parceiros dessa proposta, tendo gerado, analisado, processado e publicado seus resultados. Os grupos possuem também sinergia prévia com algumas das equipes brasileiras. A NGS-BRICS realizará o sequenciamento de aproximadamente 1.000 amostras positivas para COVID-19 identificadas em cada país do BRICS. Esses dados serão agregados aos dados já gerados em cada país o que permitirá expandir as análises para melhor entender como o SARS-CoV-2 está se espalhando e evoluindo no tempo. O consórcio pretende desenvolver ferramentas de bioinformática e métodos matemáticos comuns, monitorar o diagnóstico e ampliar a capacitação de pesquisadores locais de forma a proporcionar respostas de saúde pública local aos surtos de COVID-19. O consórcio irá investigar a introdução da infecção e a dinâmica da transmissão, para estabelecer redes de rastreamento de contato e avaliar o impacto de decisões de controle de surto. Além disso, propõe fornecer uma plataforma de alta precisão para detecção, vigilância e análise de SARS-CoV-2, que pode servir como um futuro modelo para outros patógenos. A equipe pretende ainda realizar análise de variantes das diferentes linhagens de SARS-CoV-2 presentes nos países do BRICS para entender o impacto funcional de mutações e avaliar a sensibilidade em diferentes testes de amplificação de ácido nucleico (NAATs) usados ​​para fins de diagnóstico, além de desenvolver modelos estocásticos do surto COVID-19 no estágio inicial para prever a tendência de futuros surtos. Sem dúvida o uso direcionado e racional do sequenciamento do genoma será um recurso importante para tentar prevenir ou reduzir o impacto de uma segunda onda de infecções. Ao realizar uma detecção mais abrangente e precisa das linhagens de SARS-CoV-2 a partir de amostras clínicas e de vigilância, utilizando tecnologias genômicas e ferramentas epidemiológicas e bioinformáticas, a NGS-BRICS poderá: 1) expandir o conhecimento sobre vírus e infecções virais em nível molecular e clínico, 2) permitir a caracterização mais rápida de linhagens emergentes e auxiliar na vigilância desses vírus e 3) acelerar o desenvolvimento de tecnologia de sequenciamento de próxima geração para uso futuro em ensaios de diagnóstico e rastreamento da dinâmica de transmissão de SARS-CoV-2 e outros vírus.
  • Laboratório Nacional de Computação Científica - RJ - Brasil
  • Fri Jan 22 00:00:00 BRT 2021-Tue Jan 31 00:00:00 BRT 2023