Projetos de Pesquisa

 

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Michel Satya Naslavsky

Ciências Biológicas

Genética
  • triagem de casais para identificação de variantes patogênicas visando a prevenção de doenças genéticas raras.
  • Doenças genéticas raras (DGRs) impõem ao SUS o aporte em tratamentos de alto custo, a exemplo de Amiotrofia Espinhal - R$6.400.000,00/paciente. Há mais de 2000 DGR recessivas, atingindo até 1 em cada 100-200 brasileiros, impactando pacientes e familiares. O diagnóstico custoso e terapias inespecíficas oneram o SUS e impactam a sociedade. Sem programas de triagem, casais portadores de variantes genéticas patogênicas em genes associados a condições recessivas (casais em risco - CERs) só tomam conhecimento do risco após o nascimento da primeira criança afetada. Há 50 anos, o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP (CEGH-CEL) atende famílias afetadas por doenças genéticas, com aconselhamento genético (AG) e testes moleculares para diagnóstico e detecção de portadores. Este projeto objetiva oferecer uma abordagem piloto de triagem de CERs, previamente à reprodução, com o objetivo de reduzir a incidência de nascidos com DGRs. Pretende-se recrutar 5000 casais com e sem histórico familiar de DGRs, via divulgação, para atendimento em centros públicos na região Sudeste e Nordeste. Dados clínicos, fenotípicos e genealógicos serão coletados de voluntários elegíveis. Serão oferecidos testes genéticos para detecção de variantes patogênicas nos genes SMN1/SMN2 (número de cópias por MLPA), em FMR1 (expansões por TP-PCR), além da triagem de cerca de 400 genes de DGRs recessivas (sequenciamento completo de exoma). Laudos individuais serão produzidos e devolvidos em AG. Aos CERs, o projeto oferecerá opções reprodutivas incluindo encaminhamento a reprodução assistida e diagnóstico pré-implantacional de embriões. O projeto irá capacitar os serviços e profissionais de saúde, testar e prover AG a indivíduos em risco, calcular a incidência de portadores na população, estabelecer a custo-efetividade de um programa de triagem. Adotado por países com sistemas universais de saúde, o programa poderá inserir o Brasil em práticas públicas inovadoras de saúde de precisão.
  • Universidade de São Paulo - SP - Brasil
  • 19/02/2024-28/02/2027
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Michele Calil dos Santos Alves

Lingüística, Letras e Artes

Lingüística
  • psicolinguística na amazônia
  • O projeto de pesquisa “Psicolinguística na Amazônia” tem como objeto de estudo as línguas indígenas faladas no sudoeste da Amazônia. Sabe-se que todas as línguas indígenas brasileiras estão ameaçadas de extinção e que é necessário haver mais estudos nessa área. A hipótese desta pesquisa é de que é possível revitalizar línguas indígenas brasileiras ensinando-as nas escolas indígenas como uma segunda língua ou uma língua adicional. Projetos utilizando este método têm obtido grande êxito na retomada de línguas indígenas nos Estados Unidos e nas Ilhas Cook. Para isto, é necessário compreender como as línguas indígenas estão sendo processadas atualmente pelos falantes nas aldeias e quais as interferências do português e de outras línguas indígenas no processamento dessas línguas. Sendo a Psicolinguística Experimental capaz de responder essas questões, serão realizados estudos psicolinguísticos em diferentes níveis linguísticos, desde a fonologia até a pragmática, passando pela morfologia, léxico e sintaxe. Os experimentos investigarão tanto a compreensão como a produção de enunciados nas línguas indígenas, seja no nível da palavra, da frase, ou do texto, utilizando desde métodos simples como questionários e testes cloze, até métodos e técnicas mais avançadas, como priming, leitura automonitorada e eye-tracking. Assim, de forma inédita, poderemos descrever sistematicamente como as línguas indígenas são usadas pelos falantes, estando imersas em um universo plurilíngue em contato com outras línguas indígenas e em contato com o próprio português. Além disso, iremos contribuir com a preservação e a revitalização dessas línguas através do ensino de línguas nas aldeias.
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - RJ - Brasil
  • 19/05/2022-31/05/2025
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Michéle Dal Toé Casagrande

Engenharias

Engenharia Civil
  • desempenho de rejeitos de mineração filtrados estabilizados e a sua aplicabilidade na geotecnia de mineração
  • Os desastres relacionados ao armazenamento de rejeitos da mineração ocorridos nos últimos anos despertaram o interesse da Geotecnia em técnicas para o empilhamento de rejeitos filtrados e reuso destes resíduos como materiais construtivos. O desafio é grande visto a enorme quantidade de material gerada, características específicas dos rejeitos de mineração e, normalmente, grandes distâncias médias de transporte. Contudo, técnicas de estabilização são alternativas promissoras para o empilhamento dos rejeitos de mineração filtrados, bem como para vias de acesso, bermas e outras obras geotécnicas na área de mineração. Este projeto busca avaliar o comportamento físico, químico, mineralógico, mecânico, ambiental e microestrutural de rejeitos de mineração de diversas origens, no estado puro e estabilizados com soluções poliméricas. Os rejeitos de mineração, de origens diversas, serão investigados primeiramente na sua forma natural, de forma a contribuir para o desenvolvimento da mecânica dos rejeitos e, depois de desenvolvidos os compósitos estabilizados, serão investigados de acordo com as influências de tipos de polímeros, teores de estabilizante polimérico, tempos de cura dos aditivos no rejeito, energias e parâmetros de compactação, bem como granulometria dos materiais estudados. O projeto proposto engloba a avaliação experimental dos compósitos, por meio de ensaios de laboratório e ensaios de campo (em pistas e aterros experimentais), bem como a avaliação dos parâmetros-chave, de impactos ambientais (Análise de Ciclo de Vida) e desenvolvimento de modelagem numérica para o melhor entendimento do comportamento dos rejeitos de mineração filtrados estabilizados e suas aplicabilidades na geotecnia de mineração. Resultados prévios de pesquisas em desenvolvimento indicam o potencial e a viabilidade do uso de estabilizantes poliméricos como opção para o melhor desempenho destes materiais em estruturas geotécnicas, como empilhamento de rejeitos a grandes alturas, por exemplo.
  • Universidade de Brasília - DF - Brasil
  • 02/12/2023-31/12/2026