Projetos de Pesquisa

 

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Marisi Gomes Soares

Ciências Exatas e da Terra

Química
  • metabolômica e estratégias computacionais para guiar a descoberta de substâncias de espécies vegetais e planejamento de derivados com mecanismo de ação diferencial para o tratamento de doença de parkinson e inflamatórias
  • A doença de Parkinson (DP) é uma doença que atinge mais de 8 milhões de pessoas segundo a Organização Mundial da Saúde. No entanto, o seu tratamento, apesar de aumentar a qualidade de vida dos pacientes, continua sendo apenas sintomático. Até hoje, não existe nenhum medicamento capaz de impedir a progressão da doença. A fisiopatologia da DP envolve principalmente neurodegeneração e processo inflamatório. Desta forma, é indispensável a busca por novos agentes neuroprotetores e anti-inflamatórios que sejam capazes de conter o avanço da doença. Além disso, existem doenças inflamatórias (DI) que necessitam de melhores opções terapêuticas, como artrite reumatóide. Nossa equipe tem sido referência em aplicar estratégias metabolômicas aliadas a estudos fitoquímicos e farmacológicos para descoberta de princípios ativos em misturas complexas de extrato de espécies vegetais de nossa flora. Além de realizar design e semi-síntese de substâncias para otimização de suas propriedades. Através destas estratégias identificamos substâncias com promissores resultados neuroprotetores e anti-inflamatórios, como a harmina e derivados de neolignanas, que apresentaram essas propriedades que foram confirmadas por meio de ensaios farmacológicos. No entanto, outras substâncias inéditas foram correlacionadas a estas propriedades, mas precisam ser isoladas para confirmação de suas propriedades farmacológicas e modificações estruturais para otimização da atividade. Além disso, propomos aumentar esse arsenal de substâncias através de mais estudos metabolômicos e fitoquímicos para isolamento de substâncias para realizar os testes farmacológicos e de semi-síntese. Diante disso, o presente projeto consiste em trabalhar com a biodiversidade da flora para a busca e desenvolvimento de novos candidatos a fármacos que sejam mais eficazes, com menores efeitos adversos e capazes de impedir a progressão da DP e tratamento de DI complexas.
  • Universidade Federal de Alfenas - MG - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026
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Maristela de Oliveira Poletini

Ciências Biológicas

Fisiologia
  • novos alvos moleculares no manejo das respostas cognitivas e metabólicas do diabetes mellitus tipo 2: papel do exercício físico numa perspectiva translacional
  • O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90-95% dos casos de DM mundial. Cronicamente é marcada por alterações metabólicas que podem estar associadas ao declínio da função cognitiva, comprometendo a qualidade e o tempo de vida. Existe um arsenal farmacológico para o tratamento das alterações metabólicas, entretanto, são escassas as ferramentas para o manejo das alterações cognitivas no DM2. Exercício físico é uma alternativa não farmacológica e de baixo custo aliada no controle metabólico; seu papel na prevenção de agravos cognitivos do DM2, como a demência e a doença de Alzheimer, tem ganhado força. O canal TRPV1 (Transient Receptor Potential Vanilloid 1) e a glicoproteína transmembrânica GPNMB (Glycoprotein nonmetastatic melanoma protein B) vêm despontando como novos alvos moleculares da fisiopatologia do DM2. Dessa forma, hipotetizamos que os efeitos benéficos do exercício físico sobre a diminuição da capacidade cognitiva no DM2, possam ser modulados pelo canal TRPV1 e pela GPNMB. Corroborando esta hipótese, animais nocautes para TRPV1 apresentam hiperglicemia, obesidade e resistência à insulina, e, importante, administração de capsaícina, um ativador do canal TRPV1, melhora a função cognitiva em modelos animais. A GPNMB destaca-se da membrana celular por clivagem proteolítica, sendo secretada na circulação. Em humanos e camundongos, sua concentração plasmática se correlaciona positivamente com o índice de massa corporal, e ativa vias de lipogênese relacionando-se com o agravamento da resistência à insulina. Já a super-expressão de GPNMB no hipocampo melhora a função cognitiva, o que indicaria um papel neuroprotetor. No entanto, não se sabe se o canal TRPV1 e a GPNMB modulam os efeitos benéficos do exercício físico nas alterações da função cognitiva do DM2. Numa perspectiva translacional, investigaremos estes novos alvos moleculares, TRPV1 e GPNMB, como possíveis vias mecanísticas para mitigar as alterações cognitivas observadas no DM2.
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026