Projetos de Pesquisa

 

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Maristela de Oliveira Poletini

Ciências Biológicas

Fisiologia
  • novos alvos moleculares no manejo das respostas cognitivas e metabólicas do diabetes mellitus tipo 2: papel do exercício físico numa perspectiva translacional
  • O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90-95% dos casos de DM mundial. Cronicamente é marcada por alterações metabólicas que podem estar associadas ao declínio da função cognitiva, comprometendo a qualidade e o tempo de vida. Existe um arsenal farmacológico para o tratamento das alterações metabólicas, entretanto, são escassas as ferramentas para o manejo das alterações cognitivas no DM2. Exercício físico é uma alternativa não farmacológica e de baixo custo aliada no controle metabólico; seu papel na prevenção de agravos cognitivos do DM2, como a demência e a doença de Alzheimer, tem ganhado força. O canal TRPV1 (Transient Receptor Potential Vanilloid 1) e a glicoproteína transmembrânica GPNMB (Glycoprotein nonmetastatic melanoma protein B) vêm despontando como novos alvos moleculares da fisiopatologia do DM2. Dessa forma, hipotetizamos que os efeitos benéficos do exercício físico sobre a diminuição da capacidade cognitiva no DM2, possam ser modulados pelo canal TRPV1 e pela GPNMB. Corroborando esta hipótese, animais nocautes para TRPV1 apresentam hiperglicemia, obesidade e resistência à insulina, e, importante, administração de capsaícina, um ativador do canal TRPV1, melhora a função cognitiva em modelos animais. A GPNMB destaca-se da membrana celular por clivagem proteolítica, sendo secretada na circulação. Em humanos e camundongos, sua concentração plasmática se correlaciona positivamente com o índice de massa corporal, e ativa vias de lipogênese relacionando-se com o agravamento da resistência à insulina. Já a super-expressão de GPNMB no hipocampo melhora a função cognitiva, o que indicaria um papel neuroprotetor. No entanto, não se sabe se o canal TRPV1 e a GPNMB modulam os efeitos benéficos do exercício físico nas alterações da função cognitiva do DM2. Numa perspectiva translacional, investigaremos estes novos alvos moleculares, TRPV1 e GPNMB, como possíveis vias mecanísticas para mitigar as alterações cognitivas observadas no DM2.
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026
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Maritana Mela Prodocimo

Outra

Ciências Ambientais
  • aplicação de novos biomarcadores para a avaliação do risco de exposição a micropoluentes em populações de peixes endêmicas do rio iguaçu.
  • O desafio de avaliar o risco de exposição da biota e de populações humanas a agentes químicos produzidos pela atividade humana cresce anualmente. Apesar disso, cerca de milhares de novas substâncias químicas sintéticas são produzidas e lançadas nos ambientes naturais sem avaliação adequada do seu potencial tóxico. Estudos recentes realizados pelo nosso grupo demonstraram que a bacia do Rio Iguaçu é impactada por micropoluentes originários de atividade urbana e industrial, bem como por intensa atividade agropecuária ao longo do rio. Apesar de já existirem equipamentos com grande sensibilidade, ainda não há tecnologia disponível para a identificação de todos os micropoluentes encontrados nos ambientes aquáticos, e mesmo essa detecção não é informativa sobre o que pode estar acontecendo com a ictiofauna. Neste contexto, o uso de novos biomarcadores permitirá um avanço na avaliação da qualidade da água do Rio Iguaçu, estabelecendo novos parâmetros com base na saúde de peixes expostos aos micropoluentes presentes neste ecossistema. A fim de avaliar os efeitos dessas misturas complexas de contaminantes sobre a população a biota do rio e indiretamente o risco de exposição humana, será usada uma combinação de biomarcadores já bem estabelecidos nos trabalhos do grupo e outros que se apresentam como uma nova ferramenta no estudo ambiental. O estabelecimento de uma parceria com o grupo canadense possibilitará a implementação dessas novas ferramentas, tornando mais robustas as nossas avaliações dos efeitos de poluentes sobre a biota, assim como permitirá um salto de inovação tecnológica a favor do biomonitoramento ambiental. Tudo isso vem a ser aliado a uma visão integrada realista sobre a saúde dos peixes após a exposição crônica em condições naturais. Os resultados obtidos auxiliarão na gestão dos recursos hídricos, contribuindo para uma melhoria na avaliação da qualidade das águas, embasando políticas de gestão e conservação da biodiversidade local.
  • Universidade Federal do Paraná - PR - Brasil
  • 01/02/2024-28/02/2026