Projetos de Pesquisa

 

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Alexandre de Pádua Carrieri

Ciências Sociais Aplicadas

Administração
  • história, memórias e cotidiano na saúde: práticas, performances e contribuições da gestão em quatro instituições referências na região sudeste no enfrentamento de crises sanitárias brasileiras
  • A saúde pública é uma temática central no escopo democrático, uma vez que as decisões sobre a vida influenciam diretamente as condições de existência das populações. Na tentativa de promover a universalidade do direito à saúde, o sistema público de saúde brasileiro, o SUS, tem como proposta garantir outros direitos fundamentais, como educação, saneamento, cultura e segurança (FIOCRUZ, 2019), entendendo-os como elementos necessários para a proteção da vida. Dada a complexidade do SUS, sua operacionalização conta com uma gestão descentralizada em níveis federal, estadual e municipal, estabelecendo como princípio básico a coordenação entre essas três instâncias. Assim, as organizações de saúde são integradas, em termos de diretrizes, aos objetivos traçados nas políticas públicas, fazendo com que o atendimento à população responda à lógica de proteção da vida e promoção do bem-estar público. Este projeto tem como objetivo investigar a gestão de quatro hospitais públicos de referência no atendimento à população, sobretudo em períodos de crise sanitária. Com isso, pretende-se produzir conhecimentos acerca de práticas gerenciais que fomentem os processos de formulação de políticas públicas a partir do olhar para o que acontece, de fato, no cotidiano das organizações de saúde. Assim, investiga-se a hipótese de que a gestão dos hospitais, em consonância com as políticas públicas, torna os hospitais centros de referência no combate a crises sanitárias e atua ativamente na diminuição da vulnerabilidade em saúde. Para isso, parte-se do pressuposto de que a emergência das epidemias coloca a população em risco e, na ausência imediata de conhecimentos específicos, a gestão hospitalar é baseada em experiências acumuladas de outras crises de saúde pública. Por fim, essa problemática será tratada por meio de uma metodologia histórica e qualitativa, enfatizando tanto as vivências de sujeitos que participaram da gestão dos hospitais em períodos de crise sanitária.
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • 18/12/2022-28/02/2026
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Alexandre de Sá Avelar

Ciências Humanas

História
  • os nossos passados ainda são históricos? interpelações do presente à disciplina.
  • A proposta aqui submetida parte de uma interrogação: nossos passados ainda podem ser pensados historicamente? Em outros termos, a operação historiográfica que, através das noções de distância e de prova, transformava as experiências pretéritas de homens e mulheres em história ainda continua fazendo sentido em nosso presente? As incertezas e questionamentos sobre a autoridade da história, tanto como passado transformado em matéria verificável quanto como campo disciplinar, são, sem dúvida, pertinentes. O mundo que produziu a ciência histórica – e que se caracterizava pelo primado geopolítico dos estados nacionais e pela disponibilidade do futuro como progresso – se transformou profundamente. Novas experiências e políticas do tempo são sentidas pelos nossos contemporâneos em virtude da emergência de memórias traumáticas, da aceleração temporal e de catástrofes ambientais sem precedentes. Se continuamos nutrindo interesse pelo passado, não parecemos tão seguros quanto à eficácia da história para abordá-lo. O presente projeto pretende enfrentar a complexidade dessas incertezas contemporâneas a partir de cinco eixos. No primeiro deles, a proposta será discutir como as noções de confiança e autoridade epistêmica têm se refigurado em nossa atualidade. O eixo seguinte tratará da crise contemporânea da história como uma modalidade de desdemocratização do passado. O terceiro enfrentará, partindo de alguns escritores latino-americanos, o potencial da ficção para reorganizar nossas apreensões sobre a história. O quarto enfocará como as diversas formas de negacionismo impõem problemas teóricos relevantes para disciplina histórica. Por fim, o quinto e último eixo abordará as entre história, direito e justiça tendo como base os diversos usos da noção de genocídio. Em conjunto, esses eixos permitirão mapear algumas das características do debate sobre a noção de “histórico” para designar os nossos tantos passados e as formas de apreendê-los.
  • Universidade Federal de Uberlândia - MG - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026