Projetos de Pesquisa

 

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Miriam Cristina Marcilio Rabelo

Ciências Humanas

Antropologia
  • uma ecologia das práticas religiosas afro-indígenas ao longo do rio paraguaçu, bahia
  • A presente proposta é um estudo de práticas religiosas afro-indígenas no estado da Bahia que têm como foco as existências entrelaçadas de pessoas e uma variedade de entidades como caboclos, encantados, almas e mortos em uma região marcada por uma história de trocas intensas entre indígenas e afrodescendentes. A pesquisa abarca três questões interrelacionadas. Primeiro, busca reconstituir a história de lideranças religiosas afroindígenas da região, suas entidades e os lugares que instauram. Segundo busca descrever os efeitos das parecerias entre pessoas e entidades focando nas atividades que desenvolvem e nas práticas de convivência que promovem nas e entre casas/terreiros. E terceiro aborda a ética e política da convivência que dá forma às relações entre essas casas afroindígenas e um conjunto de outras práticas (religiosas ou não) que povoam a região. Em termos teóricos, experimenta com um enquadramento alternativo para questões tradicionalmente entendidas como referentes a processos de contato e transformação de formas religiosas originais (africanas ou ameríndias). Isto é, pretende estudar o campo religioso afro-indígena através de um enfoque que privilegia os desafios e experimentos de convivência que nele se tecem entre seres e práticas diferentes. Ao conferir centralidade ao estudo dos trajetos e formas de produção dos espaços religiosos afroindígenas evita definir o ponto de partida da pesquisa como um conjunto de formas religiosas já constituídas e a reduzir o problema de investigação à relação entre essas formas. E ao tomar as entidades como protagonistas junto com os humanos abre caminho para abordar os agenciamentos em jogo na composição dos espaços de prática. Metodologicamente o projeto articula etnografia e pesquisa historiográfica com vistas a contribuir para uma compreensão do campo religioso afro-indígena baiano que ponha em evidência não só a diversidade interna desse campo, como as formas de conexão de que ele se nutre.
  • Universidade Federal da Bahia - BA - Brasil
  • 08/12/2023-31/12/2026
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Miriam de Souza Rossini

Ciências Sociais Aplicadas

Comunicação
  • o cinema gaúcho pós-2000 e a urgência do tempo: marcas da tradição e de novas sensibilidades político-estéticas
  • Partindo do contexto de produção audiovisual no Rio Grande do Sul pós- anos 2000, este projeto pretende aprofundar a discussão político-estética iniciada no projeto “Cinema Brasileiro e a Economia da Dádiva: o baixo orçamento como projeto político estético”, observando como o cinema gaúcho deu a ver as tensões sociais que atravessam o País neste início de século. O cinema gaúcho é, ao mesmo tempo, exemplo do processo cinematográfico nacional, mas com suas próprias demandas e especificidades. Nas últimas duas décadas, as mudanças tecnológicas no processo de produção e circulação audiovisual permitiram a criação de uma nova ambiência cinematográfica no País, com atores sociais, antes excluídos do processo de produção e de representação, demandando visibilidade. Essas mudanças favoreceram a inserção do discurso cinematográfico na partilha de questões que não encontravam voz em outras formas hegemônicas de comunicação. As tecnologias digitais permitem a ampliação de uma ambiência produtiva no RS, abrindo espaços onde convergem: formação profissional em cursos de Comunicação e de Cinema; pesquisa em programas de pós-graduação; produção em rede a partir de coletivos; divulgação e circulação, a partir da organização de mostras e eventos competitivos. Com a pesquisa de campo, buscamos compreender como o cinema das duas últimas décadas no Estado – que às vezes se coloca como expressão de um cinema independente, de margens, de garagem, de guerrilha, do pós-industrial – tensiona as práticas de produção e, consequentemente, de estéticas de representação, em busca de novas sensibilidades político-estéticas, é uma das questões desta pesquisa. Com a análise fílmica, quer-se entender como esse cinema gaúcho do presente se vincula ao passado da nossa cinematografia, observando os rastros do pertencimento a uma história que, em geral, se traduz como luta política no campo do simbólico. Um cinema que atualiza os debates do passado pelas novas óticas e demandas do presente.
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul - RS - Brasil
  • 16/02/2024-28/02/2027