Projetos de Pesquisa

 

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Michael Ferreira Machado

Ciências da Saúde

Saúde Coletiva
  • a colaboração interprofissional na atenção primária à saúde: uma análise do trabalho em equipe em três capitais nordestinas
  • O efetivo trabalho em equipe é considerado uma necessidade atual para promover melhorias nos processos de cuidado e otimização dos sistemas de saúde. Na Atenção Primária à Saúde (APS), campo de investigação deste projeto, a noção de trabalho em equipe mostra-se fundamental face aos processos de trabalho que exigem a realização de ações colaborativas e integradas. No Brasil, a organização político-ideológica do SUS reconhece o trabalho em saúde orientado por um fazer coletivo, que tem a integralidade da atenção como horizonte. Apesar disso, a literatura tem apontado dificuldades no desenvolvimento de processos de trabalho integrados pelas equipes da APS, resultando na fragmentação assistencial e descontinuidades no cuidado, aspectos que apontam a necessidade de aprofundamento nessa problemática. Pressupõe-se que a concretização das ações em saúde exige a articulação sinérgica de modos colaborativos de atuação profissional, amparados na perspectiva da interprofissionalidade, a qual tem sido compreendida como abordagem paradigmática para promover maior integração no trabalho em saúde, tanto na formação profissional como na produção das práticas de cuidado, possibilitando maior resolutividade e qualidade na atuação das equipes. Nesse sentido, esta pesquisa busca analisar, sob a ótica da Colaboração Interprofissional, a organização do trabalho em saúde desenvolvido por equipes multiprofissionais no âmbito da APS, a partir do contato com profissionais e gestores de três capitais nordestinas: Recife/PE, Maceió/AL e Natal/RN. A partir de uma abordagem, prioritariamente, qualitativa, pretende-se realizar um estudo multicêntrico, exploratório-descritivo, com o emprego de variadas técnicas de produção e análise. Serão realizadas observações em serviço, entrevistas semiestruturadas, grupos focais e a aplicação de escalas. A análise será guiada pelas contribuições da Teoria do Processo de Trabalho em Saúde e do Modelo de Estruturação da Colaboração Interprofissional.
  • Universidade Federal de Alagoas - AL - Brasil
  • 11/03/2024-31/03/2027
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Michael Männich

Engenharias

Engenharia Civil
  • ligas - alterações na limnologia física e transferência de gases (co2 e o2) na interface ar-água provocadas por sistemas fotovoltaicas flutuantes em reservatórios
  • A implantação de sistemas fotovoltaicos flutuantes (SFF) tem emergido como um aproveitamento complementar da área inundada de reservatórios e se beneficiando, especialmente da infraestrutura elétrica próxima, bem como da ausência de custos de aquisição de áreas terrestres. Os SFF podem provocam alterações nas trocas térmicas, na transferência de gases e reduz a penetração da radiação solar, o que provoca alterações limnológicas e de produção primária. A quantificação da magnitude dessas alterações é objeto desta pesquisa. Em um cenário de expansão de SFF em reservatórios o seu licenciamento deve ser estabelecido por meio de bases técnicas. Todavia, não há uma clareza sobre todos os seus impactos. Por exemplo, a literatura aponta divergência sobre o efeito do aumento ou diminuição da temperatura da água, efeito estritamente físico do bloqueio da radiação solar e diminuição da evaporação. Neste contexto, o projeto busca investigar alterações limnológicas na temperatura da água, concentração de O2 e CO2, taxa de transferência de gases, radiação solar e os efeitos decorrentes sobre a estratificação térmica, os processos de mistura e produção primária. A hipótese é que a redução de concentração de O2 se dá pela menor área de contato na superfície para as trocas gasosas, bem como a redução da turbulência na superfície da água, cumulativamente à redução da atividade fotossintética pela redução da PAR. A abordagem metodológica consiste na medição in-situ dos parâmetros na região com SFF e uma região controle. A medição de fluxos de CO2 se dará com câmaras flutuantes e a investigação da atenuação da turbulência com sensor ADV por meio da taxa de dissipação da energia cinética turbulenta, que permite estimar também o coeficiente de transferência. A modelagem será utilizada para investigar as alterações sob diferentes cenários em função da área representada pela redução da radiação fotossinteticamente ativa (PAR) e parametrização de outros processos.
  • Universidade Federal do Paraná - PR - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026
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Michael Pereira da Silva

Ciências da Saúde

Saúde Coletiva
  • projeto smarteens: impacto do uso problemático de smartphones em aspectos comportamentais, na saúde física e mental de adolescentes - um estudo longitudinal
  • O uso de smartphones está cada vez mais integrado ao cotidiano de indivíduos ao redor do mundo, com estimativas indicando cerca de 6,7 bilhões de aparelhos registrados no ano de 2023 podendo chegar a 7,7 bilhões em 20281. Os avanços tecnológicos do dispositivo propiciam diversas atividades de lazer e serviços em geral2, preenchendo grande parte do tempo de seus usuários. O uso excessivo das tecnologias já é reconhecido como um problema emergente de saúde da população mundial, sobretudo entre os jovens3. O uso problemático de smartphones refere-se ao uso mal adaptado do aparelho, que apresenta um padrão de dependência e relaciona-se com maior inclinação à desistência ou abandono de tarefas cotidianas, dificuldade de se manter concentrado, ou mesmo à desconsideração dos malefícios resultantes do seu uso4. Sintomas estes comuns aos encontrados em transtornos aditivos5. O uso problemático de smartphones entre adolescentes é uma questão preocupante de saúde pública, com prevalência média estimada em 23,3%6. No entanto, as evidências são majoritariamente de países asiáticos e de delineamento transversal6. Tal fato também é visualizado nas poucas evidências encontradas em adolescentes brasileiros7–9. Diante disso, o presente projeto busca verificar qual é o impacto do uso problemático de smartphones em aspectos comportamentais e na saúde física e mental de adolescentes matriculados em escolas públicas no extremo sul do Brasil? Os efeitos negativos do uso problemático de smartphones na saúde dos adolescentes foram reportados em diferentes estudos e compreendem sintomas de ansiedade, depressão, estresse, problemas de sono, inatividade física, consumo de álcool e tabaco, baixo desempenho acadêmico, déficits cognitivos, problemas visuais, musculoesqueléticos e obesidade6,10–15. O presente projeto propõe um estudo de coorte prospectivo que acompanhará 1772 adolescentes de 12 a 15 anos (linha de base) matriculados em escolas públicas de Rio Grande-RS de 2024 a 2026.
  • Universidade Federal do Rio Grande - RS - Brasil
  • 05/12/2023-31/12/2026