Projetos de Pesquisa

 

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Romulo Simoes Angelica

Ciências Exatas e da Terra

Geociências
  • mineralogia e reatividade de resíduos amazônicos: potencial de uso como agrominerais em solos profundamente intemperizados
  • O Pará é, atualmente, o maior estado mineiro da nação, superando Minas Gerais na arrecadação de impostos, como a CFEM. Como consequência, o acúmulo de resíduos minerais, decorrente das atividades de mineração e da geração de energia a partir de combustíveis sólidos (biomassa ou carvão) tem desafiado a comunidade científica na busca por formas eficazes para o seu aproveitamento. Os acidentes recentes em barragens de rejeitos mostram a necessidade urgente de ações conjuntas para a mitigação de tamanho passivo ambiental. Dentre as inúmeras possibilidades de reaproveitamento está o uso dos mesmos como insumos minerais na agricultura, atividade econômica fundamental do país, que é o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes NPK. O objetivo central do projeto é qualificar quatro resíduos minerais de indústrias locais: 1) rejeito de brita granítica; 2) rejeito de bauxita (LV, lama vermelha); 3) cinza de carvão mineral e 4) cinza de caroço de açaí; visando seus aproveitamentos na fertilização e calagem de solos da própria região. Especificamente, pretende-se: a) Estabelecer um processo termoquímico com CaCl2 para liberação de K a partir de resíduo de brita granítica; b) Estabelecer um método de conformação físico-química da LV para uso na calagem ou nutrição a partir da neutralização com H3PO4; c) Determinar as propriedades físico-químicas dos materiais em estudo e avaliar a solubilidade de macro e micronutrientes, assim como, a toxicidade; d) Avaliar a disponibilidade de nutrientes dos materiais produzidos visando seu uso como fertilizantes ou corretores de pH de solo, conciliando desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Espera-se contribuir na construção de um banco de dados das características química, mineralógica, energética e potencial agronômico de resíduos da mineração e correlatos – economia circular e logística verde – assim como, apontar caminhos para a conformação dos mesmos visando fertilização de solos ácidos e degradados amazônicos.
  • Universidade Federal do Pará - PA - Brasil
  • Tue Feb 08 00:00:00 BRT 2022-Fri Feb 28 00:00:00 BRT 2025
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Rômulo Simões Cezar Menezes

Engenharias

Engenharia de Energia
  • aproveitamento energético da palma forrageira: seleção de genótipos, desenvolvimento de rotas de processamento e avaliação do ciclo de vida da produção de biomassa
  • A região semiárida do Nordeste do Brasil, que se estende por quase um milhão de km2 e abriga cerca de 25 milhões de habitantes, é negativamente afetada pela limitada quantidade e alta variabilidade da precipitação pluviométrica, o que dificulta o estabelecimento de cadeias de produção agropecuária sustentáveis. Além disso, estudos indicam que, no futuro, o clima na região apresentará menos chuvas e elevação da temperatura, agravando esses problemas. Uma vez que a irrigação é viável em apenas 3% da região, o cultivo não-irrigado de espécies tolerantes ao estresse hídrico e adaptadas às condições regionais é a única alternativa para a exploração agropecuária. A palma forrageira é uma das culturas com essas características e poderá ser a base para o desenvolvimento de uma nova cadeia de atividade agroindustrial na região. A palma é uma cactácea originária do México, apresenta alta produtividade de biomassa e é altamente resistente à seca. Por ser perene, a palma pode ser colhida em qualquer época do ano, o que confere maior estabilidade à oferta de biomassa e reduz a vulnerabilidade causada pela irregularidade das chuvas. Apesar de seu papel crucial atualmente como reserva de forragem durante a estação seca do ano, nos períodos de seca extrema, quando ocorrem vários anos sucessivos com chuvas abaixo da média, os pastos e a vegetação da caatinga produzem menos forragem e o suprimento de forragem pela palma não é suficiente para manter os rebanhos. Nessas ocasiões, o rebanho é fortemente reduzido devido à venda, abate ou morte dos animais, causando prejuízo aos pecuaristas e afetando negativamente a economia regional. Fica evidente, portanto, a necessidade do desenvolvimento de uma cadeia produtiva capaz de gerar empregos e renda de forma estável na região semiárida do Nordeste do Brasil, adaptada às condições climáticas atuais e futuras e que forneça produtos de alto valor agregado, embasados em métodos sustentáveis de produção. A produção de biocombustíveis a partir da biomassa de palma forrageira tem grande potencial para atender a essas condições, portanto merece ser melhor estudada e desenvolvida. No entanto, há poucos dados disponíveis na literatura sobre o aproveitamento energético da palma forrageira. O Grupo de Pesquisa em Energia da Biomassa, coordenado pelo proponente do presente projeto, tem realizado estudos sobre o uso da palma forrageira para produção de etanol e biogás e obteve alguns avanços relevantes. Esses estudos serão continuados e aprofundados com a presente proposta, que tem como objetivo geral prospectar genótipos com maior potencial para aproveitamento energético, avaliar rotas de conversão de biomassa em biocombustíveis e realizar a avaliação do ciclo de vida da produção de biomassa de variedades de palma forrageira na região semiárida do Nordeste do Brasil. Esse objetivo geral se desdobra em cinco objetivos específicos que visam esclarecer algumas das principais lacunas sobre esse tema atualmente. Em primeiro lugar, hoje se cultivam cerca de 4 a 5 variedades de palma, todas selecionadas no passado para servir como forragem. Sendo assim, nesse projeto será realizada a triagem no banco de germoplasma de palma forrageira do IPA (que dispõe de 1400 entradas) para identificar os genótipos com maior potencial para aproveitamento energético. Após essa etapa, será estudada a produção de biogás a partir da palma, visto que hoje no México já há plantas comerciais em operação para abastecimento de gás veicular a partir da biomassa de palma. Portanto, será necessário identificar as condições ótimas de operação dos reatores anaeróbios com base na biomassa das variedades de palma, na qualidade dos inóculos disponíveis e nas condições ambientais da região. Os testes serão realizados em bancada, posteriormente em reatores de 200 litros e, finalmente, em escala piloto em um reator de 5 m3 que será construído na área do Laboratório de Energia da Biomassa do DEN-UFPE, coordenado pelo proponente do presente projeto. Em paralelo, serão continuadas as pesquisas para produção de etanol, para a identificação das melhores práticas de pré-processamento da biomassa e a identificação das cepas de leveduras mais eficientes para a etapa de fermentação, com ensaios em laboratório, mas incluindo também a construção e operação de uma planta piloto de fermentação, com reator de 100 litros de volume. Outra atividade é o estudo do potencial de produção de combustíveis avançados a partir da palma, tema praticamente inexplorado na literatura mundial. Para isso, será realizada a avaliação do potencial de produção de bio-óleo por liquefação hidrotermal da biomassa de palma, incluindo o desenvolvimento de um reator de bancada para testes dos parâmetros de operação e geração de dados para modelagem do processo. Finalmente, o desenvolvimento de novas rotas de produção de biocombustíveis requer uma análise não só da viabilidade técnico-econômica, mas também dos impactos ambientais e sociais da nova cadeia de produção. Para isso, serão iniciadas as atividades para avaliação do ciclo de vida da produção de biocombustíveis a partir da biomassa de palma forrageira. Observa-se que a presente proposta inclui diversas atividades distintas e, para isso, foi reunida uma equipe capacitada para a execução de cada uma das etapas, que inclui diversos pesquisadores e professores, 2 pós-doutores e 8 alunos dedicados a esse tema. As parcerias com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), o Laboratório de Processos Térmicos e o Laboratório de Genética Molecular da UFPE, estabelecidas e consolidadas já há vários anos, serão adequadas para a condução das atividades propostas. Os esforços iniciais do grupo de pesquisa têm gerado dados promissores e, se as hipóteses em teste forem corroboradas, o impacto econômico, social e ambiental positivo a ser observado na região semiárida do Nordeste do Brasil será extremamente relevante.
  • Universidade Federal de Pernambuco - PE - Brasil
  • Mon Feb 18 00:00:00 BRT 2019-Sat Oct 28 00:00:00 BRT 2023
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Rômulo Trindade da Silva

Outra

Divulgação Científica
  • 12ª semana nacional de ciência, tecnologia e inovação 2022 ifba – campus irecê
  • A Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), evento científico que conta com a participação de órgãos do governo e instituições de ensino e pesquisa, chega à 12ª edição no IFBA - Campus Irecê. Com o tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e inovação no Brasil”, a programação do evento inclui palestras, minicursos, apresentações culturais, mesas-redondas, exposição de experimentos, entre outras atividades que visam a aproximação da instituição realizadora do evento com a sociedade civil. Os objetivos da SNCT deste ano são: divulgar os trabalhos desenvolvidos pelo IFBA; disseminar o conhecimento científico através de minicursos com os estudantes do campus, membros da comunidade e estudantes de outras escolas do território de Irecê; além de discutir a importância da ciência na solução de demandas socioeconômicas, principalmente no que se diz respeito à economia solidária da microrregião. A SNCT ocorrerá entre os dias 24 e 27/10/2022, em formato presencial no campus e online pelo Youtube no canal do campus. As atividades envolverão estudantes do ensino médio, superior e PROEJA da instituição, além da comunidade externa. O evento contará com a participação de agentes desenvolvedores da economia solidária no Território de Irecê. Tal ramo da economia que se baseia no trabalho cooperado, distanciando-se das típicas formas de exploração do trabalho e depredação do meio ambiente, tem se despontado como farol de oportunidades especialmente em regiões pouco industrializadas. Nesse esteio, a ciência e a tecnologia dão suporte e musculatura a esse tipo de atividade. Na região de Irecê há cooperativas que produzem mel, hortifrutigranjeiros, orgânicos e serviços que são hoje fonte de renda para várias famílias. Dessa forma, fomentar esse mercado com tecnologia e inovação é uma aposta no desenvolvimento sustentável de Irecê e região. Assim, a SNCT deste ano ocorrerá juntamente com a culminância do projeto de economia solidária do campus.
  • Instituto Federal da Bahia - BA - Brasil
  • Thu Sep 15 00:00:00 BRT 2022-Fri Mar 31 00:00:00 BRT 2023
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Ronald Feitosa Pinheiro

Ciências da Saúde

Medicina
  • análise da via sting de pacientes com síndrome mielodisplásica primária e de modelos de lesão de fita dupla de dna secundária a quimioterápicos em pacientes oncológicos e camundongos c57bl/6.
  • A associação entre inflamação e câncer é conhecida de longa data. Pesquisas recentes sugerem que alguns receptores do tipo Tool (TLR), importantes sinalizadores da resposta imune inata, também participam dessa intrínseca relação entre inflamação e câncer com seus efeitos de sinalização sobre MYD88 com consequente ativação final de genes indutores de interferons, os IRFs (Interferon Regulatory Genes). A ativação de MYD88 juntamente com IRF-3 e IRF-7 culminam com aumento dos níveis medulares de Interferon ƴ, indutor do de maturação eritroide e do desvio mieloide (myeloid shift), fatores associados ao desenvolvimento de neoplasias da medula óssea, como a Síndrome Mielodisplásica (SMD) e a Leucemia Mieloide Aguda. Recentemente, demonstramos que pacientes com SMD possuem aumento de expressão de receptores Tool-like-3 (TLR3) e que esse aumento de expressão está associado às típicas alterações de displasia do setor eritroide da medula óssea na SMD. Em um estudo de uma outra coorte detectamos que os genes IRF-3 e IRF-7 possuem significativos aumentos de expressão em casos de pacientes com SMD nas formas agressivas da doença (pré-leucêmicas, as AREBs). Uma nova via que conecta os receptores TLR à ativação de genes reguladores de interferon, os IRFs, tem sido sugerida nos processos neoplásicos: a via da STING (Stimulator of interferon genes). O papel da via STING nas neoplasias tem sido elucidado principalmente quando se sabe que essa via pode ser ativada por lesões de dupla fita de DNA, fenômeno comum na SMD. Consideramos que é muito importante uma análise da via STING em pacientes com SMD e em pacientes com fatores de risco para SMD secundária, como indivíduos com câncer de mama expostos a quimioterapia/radioterapia. Também, modelos murinos expostos a quimioterápicos, promotores de lesão de dupla fita de DNA, podem ajudar na melhor elucidação da patogênese da SMD, criando possíveis novos alvos de terapia
  • Universidade Federal do Ceará - CE - Brasil
  • Thu Mar 17 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Ronald Kennedy Luz

Ciências Agrárias

Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
  • produção intensiva de tambaqui colossoma macropomum em diferentes sistemas: recirculação de água, tanques-rede, biofloco e aquaponia
  • O tambaqui é a espécie nativa mais produzida no Brasil, se concentrado na região Norte do país e sendo criada em viveiros escavados. Este tipo de cultivo demanda grandes áreas e volume de água. Desta forma, a busca por sistemas mais intensivos e sustentáveis se faz necessária visando aumentar a produção e a eficiência de cultivo desta espécie, assim como possibilitando sua criação em diferentes regiões do país. O Brasil apresenta condições climáticas distintas, o que faz com que a intensificação dos sistemas seja estudada de acordo com as peculiaridades das regiões, objetivando a padronização dos pacotes tecnológicos de produção. Estas ações podem aproximar o produto "tambaqui" aos grandes mercados consumidores do Brasil. Desta forma, o tambaqui se adaptará a condições mais intensivas de produção em diferentes sistemas como o sistema de recirculação de água (SRA), tanques-rede, biofloco e aquaponia. Em SRA serão realizados dois experimentos, sendo um para avaliar se há diferença no crescimento, respostas fisiológicas e metabólicas de machos e fêmeas até os animais atingirem cerca de 2 kg. Machos e fêmeas serão identificados por análises histológicas. Para a engorda (6 meses), serão testadas densidades que, ao final sejam maiores que 40 kg/m3. Seguindo essa proposição em aquaponia também serão avaliadas altas densidades para a engorda do tambaqui e a produção de alface durante 6 meses. Em tanques-rede será realizado um experimento dividido em duas fases: Fase 1 de 1-100g (200, 300, 400 e 500 peixes/m3) e fase 2 de 100-800g (30, 40, 50 e 60 kg/m3). Na UFRA o cultivo de tambaqui será testado em cultivo aquapônico integrado à produção de coentro e mudas de açaí. Serão realizados dois experimentos avaliando a densidade de plantas (coentro de 64 a 512/m2 e açaí de 20 a 100/m²) em relação a biomassa fixa de peixe (2kg/m3). A produção de juvenis será também testada em sistema de biofloco. Serão testadas diferentes densidades de peixes e fontes de carbono
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • Thu Feb 03 00:00:00 BRT 2022-Fri Feb 28 00:00:00 BRT 2025