Projetos de Pesquisa

 

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Ana Maria Caetano de Faria

Ciências Biológicas

Imunologia
  • impacto da imunossenescência no desfecho da covid-19
  • Uma das questões críticas no controle da pandemia de COVID-19 é o entendimento sobre a patogênese da forma grave da doença e dos grupos de risco. Vários estudos mostram que a doença grave resulta de uma reação de hiperinflamação com lesão de vasos e órgãos. Nossa hipótese de trabalho é que as alterações imunológicas ligadas à senescência (o inflammaging de citocinas, o declínio na função de linfócitos, a redução do repertório de imunoglobulinas e a disbiose) resultam em resposta imune disfuncional na infecção pelo SARS-COv-2. Indivíduos de áreas endêmicas para doenças infecciosas crônicas (Governador Valadares, MG) e ou com comorbidades inflamatórias (obesidade, disbiose, doenças inflamatórias crônicas, coinfecções virais) teriam maior risco para a COVID-19 grave devido à aceleração da imunossenescência. Para testar a hipótese, avaliaremos o perfil de imunossenescência em adultos (20-60 anos) e idosos (>60) positivos para SARS-Cov-2 de Belo Horizonte, Governador Valadares e São Paulo: 1)perfil de citocinas no plasma; 2)fenótipo de senescência em linfócitos T, B e células NK; 3)repertório de imunoglobulinas; 4)composição da microbiota intestinal; 5)idade epigenética pela metilação do DNA genômico; 6)presença de comorbidades inflamatórias. Avaliaremos se o perfil de imunossenescência se correlaciona com a forma grave da COVID-19. Biomarcadores hematológicos e sorológicos de fácil acesso serão correlacionados com esse perfil para viabilizar o seu uso na clínica e pelo SUS. Serão incluídos ainda 3 grupos de indivíduos: vacinados, co-infectados com HIV para testar o efeito da co-infecção viral na imunossenscência e um grupo com amostras de sangue colhidas nos dias 0 e 7 após o diagnóstico de COVID-19 para avaliar se a doença acelera a imunossenescência. Nossos dados serão comparados com dados obtidos em Portugal e Alemanha. Este estudo pode ajudar a identificar biomarcadores de imunossenescência para prever o risco de doenças virais graves e o envelhecimento saudável.
  • Universidade Federal de Minas Gerais - MG - Brasil
  • Wed Mar 16 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Ana Maria D´Ávila Lopes

Ciências Sociais Aplicadas

Direito
  • parâmetros ético-jurídicos para a proteção dos neurodireitos humanos perante os avanços da interface neurociência/inteligência artificial: quando a tecnologia ameaça a dignidade humana
  • Atualmente, a neurociência vem se desenvolvendo em um ritmo extraordinariamente acelerado, oferecendo inúmeros benefícios à humanidade. Essa celeridade e quantidade de benefícios trazidos pela neurociência potencializa-se quando associada à inteligência artificial, deixando ultrapassadas as leis e levantando questionamentos ético-jurídicos sobre suas implicações, tendo em vista sua capacidade para alterar as funções do encéfalo e, consequentemente, o comportamento humano. Nesse contexto, o presente projeto visa propor a construção de parâmetros ético-jurídicos que auxiliem o Poder Judiciário a solucionar casos envolvendo os neurodireitos humanos, de modo a garantir um equilíbrio entre o irrenunciável respeito à dignidade humana e o imparável avanço da interface inteligência artificial/neurociência. Para tal, formou-se uma equipe com professores doutores da Universidade de Fortaleza (Ana Maria D’Ávila Lopes, Antonio Jorge Pereira Júnior, Ana Virgínia Moreira Gomes e Francisco Luciano Lima Rodrigues), do Centro Universitário Christus (Denise Almeida de Andrade), da Universidad Austral de Chile (Felipe Paredes) e da Universidad Externado de Colombia (Julian Tole). Desse modo, será inicialmente realizada pesquisa bibliográfica na doutrina nacional e estrangeira visando a construção de um arcabouço teórico sobre a interface inteligência artificial/neurociência e suas implicações para os neurodireitos humanos. Seguidamente, a legislação e jurisprudência comparadas e internacionais relativas à regulação da neurociência e da inteligência artificial serão levantadas e analisadas, no intuito de identificar experiências que possam contribuir para aprimorar nosso próprio ordenamento jurídico. Finalmente, com base nos dados levantados, serão formulados parâmetros ético-jurídicos que possam guiar o Judiciário diante da interface inteligência artificial/neurociência em harmonia com o princípio da dignidade, de modo a garantir o pleno respeito dos neurodireitos de todo ser humano.
  • Universidade de Fortaleza - CE - Brasil
  • Wed Mar 16 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025