Projetos de Pesquisa

 

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Sabrina Grassiolli

Ciências Biológicas

Fisiologia
  • o papel do nervo vago e do baço sobre a homeostase do ferro e sua repercussão no controle secretor de insulina e adiposidade.
  • A manutenção da homeostase do ferro é dependente da ação da hepcidina, a qual exerce controle sobre os sistemas reticulo-endotelial esplênico e hepático, regulando reciclagem e biodisponibilidade endógena do ferro, além de afetar a absorção intestinal. A obesidade, pelo seu grau crônico-inflamatório tem sido frequentemente relacionada a alterações da hepcidina e na homeostase do ferro, fatores ligados a resistência à insulina (RI). A hiperfunção vagal é capaz de causar hiperinsulinemia, RI e modular a resposta inflamatória via efeitos esplênicos. Assim, no presente projeto vamos avaliar os efeitos vagais e esplênicos sobre a homeostase do ferro e sua repercussão para a massa adiposa e secreção de insulina. Para tal, a obesidade será induzida por lesão hipotalâmica com glutamato monossódico (MSG; 4g/Kg). Ratos Controles (CTL) receberão salina. Aos 60 dias de vida os animais serão subdivididos em 8 grupos (20 ratos/grupos) de acordo com as cirurgias: Vagotomia subdiafragmática (VS); Esplenectomia (SPL), VS+SPL e Sham. Após 30 dias, metade dos animais de cada grupo será induzida a anemia hemolítica pela administração intraperitoneal de fenilhidrazina (FHZ; 40mg/Kg), formando 16 subgrupos (n=10 ratos/grupo). Aos 120 os animais serão eutanasiados, o sangue total coletado para análises de glicose, triglicerídeos, colesterol total, insulina, ferro, ferritina e IL6. O baço, fígado, pâncreas e tecido adiposo branco, serão removidos e submetidos a analises histológicas e imuno-histoquímica para marcação de hepcidina e ferroportina. Ilhotas pancreáticas serão isoladas e a secreção de insulina estudada. Serão registrados o peso corporal, consumo hídrico e alimentar dos animais. Todos os procedimentos serão previamente submetidos a aprovação pelo comitê de ética local. O presente estudo contribui para o entendimento da relação obesidade e metabolismo do ferro, sobretudo focando nos prováveis mecanismos autonômicos e esplênicos envolvidos nestes processos.
  • Universidade Estadual do Oeste do Paraná - PR - Brasil
  • Mon Mar 21 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Sady Mazzioni

Ciências Sociais Aplicadas

Administração
  • controles gerenciais, gestão de riscos e inovação nas práticas ambientais, sociais e de governança na cadeia de suínos e aves
  • O agronegócio é fundamental para o desenvolvimento do Brasil e representou em 2020 cerca de 26,6% do produto interno bruto (CNA, 2020). A cadeia produtiva agroindustrial da região sul é destaque em âmbito nacional e internacional (BRASIL, 2021), especialmente na produção de carnes derivadas de aves e suínos (EMBRAPA, 2021), impulsionando o Brasil a ser o terceiro maior produtor e um dos principais exportadores (EMBRAPA, 2020). Fatores institucionais, tecnológicos e organizacionais têm alterado o ambiente concorrencial do sistema produtivo (ZANELLA; LEITE, 2016), caracterizado pelo uso de sistemas modernos de planejamento, organização, coordenação, técnicas gerenciais e incorporação de novas tecnologias que resultam em constante crescimento da produção e da produtividade (RECK; SCHULTZ, 2016). O agronegócio é um grande receptor de investimentos do governo e de iniciativas de expansão do mercado (GOMES, 2019), acompanhado de crescentes preocupações com seus impactos ambientais, sociais e de governança (ESG). Os avanços do setor têm produzido riscos e impactos nos recursos naturais, com repercussões na biodiversidade, disponibilidade hídrica, qualidade do ar e do solo, na saúde humana e no seu crescimento. A implantação de controles gerenciais permite planejar, controlar e tomar decisões adequadas para que o produtor e a indústria de processamento acompanhem a evolução do setor (NUNES; AURELIO, 2016). Neste contexto, a proposta visa responder a seguinte problemática: como os controles gerenciais, a gestão de riscos e a inovação afetam as práticas de ESG na cadeia de suínos e aves? A pesquisa utilizará o método misto e a coleta de dados será por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas, observação de campo e pesquisa documental. Na análise dos dados quantitativos será utilizada a modelagem de equações estruturais e nas informações qualitativas a técnica de análise de conteúdo. O estudo pretende contribuir para melhorar as práticas de ESG no agronegócio.
  • Universidade Comunitária da Região de Chapecó - SC - Brasil
  • Wed Mar 16 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Salette Amaral de Figueiredo

Ciências Exatas e da Terra

Oceanografia
  • quantificação dos impactos das mudanças climáticas na costa do rio grande do sul
  • O presente projeto foca na avaliação dos impactos das mudanças climáticas na linha de costa do Rio Grande do Sul. Serão quantificados os riscos costeiros relacionados às mudanças climáticas, como processos erosivos vinculados ao déficit sedimentar, aumento do nível do mar e efeitos de tempestades extremas. Serão geradas linhas de recuo para subsidiar o planejamento, ordenamento e adaptação costeira frente à subida do nível do mar. A resposta costeira não ocorrerá de forma homogênea. A declividade do perfil de praia, composto pela região emersa e submersa (antepraia), é um fator chave para determinar como a costa irá responder a variações nas forçantes externas. Considerando a escassez de dados detalhados de batimetria e topografia na região, um esforço neste sentido será realizado no projeto. Somente assim, uma projeção de linha de costa futura mais confiável será garantida. Na área de estudo do projeto, entre o farolete Verga (32° 58,5’ S; 52° 33,5’ W) e o Farol de Mostardas (31° 15’ S; 50° 54,5’ W), estão incluídas: a região urbanizada do balneário Cassino e o Porto do Rio Grande, com seu distrito industrial, e mais ao norte, uma região com características erosivas conhecidas, e que apresenta um grande potencial de expansão urbana. As mudanças climáticas intensificarão as taxas de erosão, aumentando o recuo da linha de costa, causando perda de habitats e de patrimônio por processos erosivos, inundação e ação direta de ondas, acompanhadas de alterações no nível do lençol freático. Estes impactos em áreas urbanizadas e de agricultura poderão causar diversos problemas socioeconômicos. Através de estimativas históricas das variações da linha de costa baseadas em imagens de satélite, do monitoramento em altíssima resolução (centímetros), e de levantamentos batimétricos será possível projetar futuras linhas de costa nos cenários de mudanças climáticas para 10, 25, 50 e 100 anos e subsidiar ações de manejo costeiro no intuito de minimizar os prejuízos socioambientais.
  • Universidade Federal do Rio Grande - RS - Brasil
  • Wed Feb 23 00:00:00 BRT 2022-Fri Feb 28 00:00:00 BRT 2025
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Samir D'Aquino Carvalho

Ciências Exatas e da Terra

Química
  • novas n-acilidrazonas como inibidores da cruzaína e potenciais antichagásicos
  • A doença de Chagas é uma importante doença parasitária resultante da infecção promovida pelo protozoário hemoflagelado Trypanosoma cruzi e pode ser transmitida a mais de 150 espécies de animais domésticos e mamíferos silvestres. A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente 10 milhões de pessoas sejam acometidas pela doença de Chagas, onde a população infectada é predominante na América Latina. Atualmente, somente dois fármacos, o nifurtimox e o benznidazol, são recomendados para a terapia contra a doença de Chagas. Ambos são ativos contra as formas tripomastigota e amastigota do T. cruzi, porém apresentam maior eficácia quando administrados na fase aguda da doença. Já na fase crônica apresentam grandes dificuldades terapêuticas. O uso desses medicamentos está associado à severas reações adversas e limitações de eficácia na fase crônica da doença, o que muitas vezes levam ao abandono do tratamento. Apesar da extensa lista de classes de compostos testados in vitro e in vivo contra T. cruzi desde a introdução do nifurtimox e o benznidazol, apenas alopurinol, ketoconazol, itraconazol e fluconazol foram submetidos a ensaios clínicos, apresentando resultados ainda pouco animadores. Assim, frente (i) a baixa e variável eficiência de nifurtimox e o benznidazol em especial durante tratamento na fase crônica, (ii) a alta toxicidade destes compostos, e o (iii) aparecimento de clones/isolados de parasitos resistentes a fármacos, se faz necessária a identificação de novos potenciais compostos que possam substituir a atual quimioterapia para esta parasitose. Uma estratégia que pode ser considerada nestes estudos é a identificação de moléculas que atuem em vias metabólicas específicas do parasito representando alvos para o desenvolvimento de novos agentes tripanocidas.
  • Fundação Oswaldo Cruz - RJ - Brasil
  • Thu Jun 30 00:00:00 BRT 2022-Sun Jun 30 00:00:00 BRT 2024
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Samira Peruchi Moretto

Ciências Humanas

História
  • as transformações socioambientais no campos e florestas do sul brasil: a expansão das monoculturas (1950 a 2020)
  • Na região Sul, no bioma da Mata Atlântica, o repovoamento e o desmatamento foram intensificados no final do século XIX e durante os dois primeiros quartéis do século XX. Dentre as fitofisionomias que foram amplamente devastadas está a Floresta de Araucária ou Floresta Ombrófila Mista, que na atualidade os seus remanescentes correspondem a menos de 3% da mata original no sul do país, ameaçadas pela expansão das monoculturas. Com o desmatamento, houve uma redução do volume madeirável e outras atividades econômicas, como agropecuária e monoculturas de árvores exóticas, se intensificaram. O objetivo deste projeto é investigar o processo histórico das transformações socioambientais ocorrido no sul do Brasil, mais especificamente onde havia a floresta com araucária e os campos sulinos, a partir de 1950 até 2020, em função dos incentivos às práticas de introdução de monocultura em grande escala, que catalisaram a descaracterização da paisagem nos espaços onde foram introduzidas. Os gêneros escolhidos para o monocultivo nesta região se dividem em dois grupos, o primeiro composto por monocultivos voltados a silvicultura, com o eucalipto e pinus spp, para atender a indústria madeireira; o segundo grupo, composto pelo milho e posteriormente a soja, para atender a agroindústria. A floresta e os campos nativos tiveram a sua extensão minimizada e sem possibilidade de auto recuperação ou reparação, em função das atividades da agroindústria. Houve a implementação de espécies exóticas que foram introduzidas para recomposição florestal, assim como, para atender a agroindústria, a exemplo da soja. Visa-se, portanto, entender como ocorreu o processo de transformação da paisagem e as medidas para conservação ou não dos ecossistemas envolvidos. Através da perspectiva da História Ambiental, serão consultadas fontes como: mapas, relatórios, censos demográficos, os periódicos, imagens de satélites, iconografia, entrevistas e a legislação federal.
  • Universidade Federal da Fronteira Sul - SC - Brasil
  • Thu Feb 03 00:00:00 BRT 2022-Fri Feb 28 00:00:00 BRT 2025