Projetos de Pesquisa

 

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Mirian Claudia de Souza Pereira

Ciências Biológicas

Morfologia
  • novos protótipos pirazólicos e inibidores de fak como estratégias para o tratamento da doença de chagas
  • A descoberta de novos fármacos efetivos no tratamento da doença de Chagas é um grande desafio. As análises computacionais têm contribuído para a otimização de compostos mais efetivos (hit e lead). No entanto, a lacuna da eficácia de compostos candidatos entre os modelos in vitro e in vivo permanece um obstáculo. O avanço da tecnologia proporciona diferentes estratégias para a descoberta de novos fármacos aplicando modelos celulares mais preditivos. Alinhado com esta temática, este projeto visa a otimização do derivado pirazolo-imidazolina, previamente identificado como hit pelo nosso grupo, com propriedade de ligar a cruzipaína por docking molecular e inibir cisteína protease de T. cruzi. Neste trabalho, com base nos princípios da Química Medicinal, foram planejadas oito séries, totalizando 96 compostos inéditos, de novos análogos pirazólicos com potencial atividade tripanocida. Abordagens computacionais e diferentes modelos celulares, incluindo cultivo 3D, ensaio de reversibilidade, absorção e eficácia usando transwell, serão aplicados para avaliar o potencial tripanocida dos novos derivados pirazólicos. Ainda, este estudo visa avançar no entendimento do papel da quinase de adesão focal (FAK) na hipertrofia e fibrose induzida na infecção experimental crônica por T. cruzi. Nossos dados demonstraram que a via de sinalização de FAK é ativada, juntamente com ativação de ERK1/2 e elevação de endotelina-1 plasmática, acarretando aumento dos níveis de peptídeo atrial natriurético e componentes de matriz extracelular, que estão associados às alterações eletrocardiográficas evidenciadas em animais crônicos. Além dos ensaios de triagem fenotípica com novos derivados de pirazol, investiremos no emprego de inibidores de FAK e sua combinação com benzonidazol como estratégia de tratamento visando prevenir a progressão das alterações cardíacas e contribuir com o avanço de novos fármacos no fluxograma da terapia da doença de Chagas.
  • Fundação Oswaldo Cruz - RJ - Brasil
  • 02/12/2023-31/12/2026
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Mírian Liza Alves Forancelli Pacheco

Ciências Humanas

Arqueologia
  • caracterizações paleométricas e zooarqueológicas da megafauna de santa elina, mt: percorrendo lacunas estratégicas do conhecimento sobre a ocupação humana nas américas
  • O abrigo rupestre de Santa Elina, Jangada, MT, foi escavado por cerca de 30 anos a partir de 1983. As pesquisas revelaram contextos arqueológicos que datam de ca. 27.000 a 1770 anos (do Pleistoceno ao Holoceno). O sítio começou a receber mais holofotes na década de 1990 quando três osteodermes modificadas da preguiça terrícola Glossotherium phoenesis foram encontrados no nível de 27 mil anos (figs. 1 e 2). Recentemente, nossa equipe realizou investigações detalhadas, que incluíram caracterizações traceológicas sob microscopia eletrônica de varredura (MEV), fotoluminescência e outras técnicas de radiação sincrotron (doi.org/10.1098/rspb.2023.0316). Confirmamos que essas osteodermes foram modificadas em artefatos (provavelmente pingentes) em carcaças ainda não fossilizadas. Isso desafiou o que é aceito para a antiguidade das ocupações nas américas por humanos modernos: não mais que 16 mil anos. Embora o nível de detalhe de nossas análises e o rigor das datações em Santa Elina imponham grande credibilidade, seguimos atentos a lacunas estratégicas que demandam maiores caracterizações do contexto zooarqueológico/paleontológico desse sítio. As escavações em Santa Elina seguiram o meticuloso rigor da técnica de decapagem por níveis naturais com localização referenciada dos achados em contexto (fig. 3). Agora, isso nos permitirá uma caracterização tafonômica mais detalhada, reunindo aspectos bioestratinômicos e fossildiagenéticos para os seguintes estudos: (1) detecção do grau de preservação diferencial de ossos, dentes e osteodermes dos dois espécimes de megafauna; e (2) verificação de outras possibilidades de interações que os ocupantes humanos de Santa Elina estabeleceram com a megafauna, tanto no nível mais antigo (ca. 27 mil anos) quanto no mais recente (ca. 17 mil anos). Para tanto, realizaremos uma abordagem interdisciplinar e multitécnicas (vide metodologia) que viabilizará protocolos que reforcem a credibilidade de outras análises, como datações e isótopos.
  • Universidade Federal de São Carlos - SP - Brasil
  • 07/12/2023-31/12/2026