Projetos de Pesquisa

 

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Simone Gonçalves de Assis

Ciências da Saúde

Saúde Coletiva
  • epigenética, resiliência, vulnerabilidades e violências ao longo do desenvolvimento infanto-juvenil
  • Pesquisa translacional longitudinal na área de violência e saúde capaz de estimular inovação na compreensão dos impactos da violência na saúde e de apoiar a reflexão sobre abordagens de intervenção a pessoas em situação de violência estrutural e interpessoal. Trata-se da análise de dados inéditos oriundos da quinta etapa de estudo longitudinal, que acompanha 500 escolares da rede pública de São Gonçalo/Rio de Janeiro selecionados por amostragem (2005, 2006, 2008 e 2013). Na 5ª etapa quantitativa, iniciada em 2021, define-se o objetivo deste projeto, que é analisar os padrões epigenéticos relacionados à exposição a estresses e traumas em períodos sensíveis do desenvolvimento infanto-juvenil até o início da vida adulta (da gravidez aos estresses oriundos da pandemia), associando-os a aspectos individuais, familiares e sociais aferidos ao longo do estudo longitudinal: saúde física e mental na infância, adolescência e juventude, com destaque para a memória do trauma, funcionamento executivo e atenção. Será realizado estudo amplo de metilação do genoma (epigenome-wide association studies – EWAS) e análise de genes candidatos em 150 amostras. A análise de associações entre o estresse vivido ao longo do desenvolvimento e padrões de metilação será conduzida por meio de um modelo misto generalizado, visando avaliar o impacto sobre a memória do trauma, funcionamento executivo e atenção. Espera-se identificar marcadores de metilação de DNA associados a experiências de violência ao longo do desenvolvimento e problemas com a memória do trauma, funcionamento executivo e a atenção. O projeto segue na perspectiva da prevenção à violência, baseando-se na noção de plasticidade epigenética e sua reversibilidade frente a um ambiente positivo, abrindo novas linhas de intervenção no âmbito social que podem ser refletidas no nível molecular, tendo por último o impacto nas respostas ao estresse.
  • Fundação Oswaldo Cruz - RJ - Brasil
  • Thu Mar 17 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Simone Ladeia Andrade

Ciências da Saúde

Medicina
  • o papel da vacina bacillus calmette-guérin (bcg) na eficácia das vacinas anti-sars-cov-2
  • A pandemia do SARS-CoV2 já causou mais de 21 milhões de casos e quase 600 mil mortes no Brasil. Menos de um ano após o caso índice na China, vacinas anti-COVID-19 passaram a ser produzidas e distribuídas no mundo, iniciando a imunização no país em jan21. Com 67% dos brasileiros vacinados com 1ª dose e 40% com vacinação completa, o surgimento e disseminação de cepas do vírus, não só ameaça os não ou parcialmente vacinados, como testa a eficácia das vacinas nos já imunizados, aventando-se doses de reforço. Estímulos à resposta imune seriam adjuvantes nessa luta da vacina contra a infecção? A vacina BCG causa o reconhecido efeito de imunidade treinada ao estimular a produção de citocinas pró-inflamatórias, evidenciando-se impacto na mortalidade infantil e proteção contra certas doenças infecciosas, incluindo respiratórias. Em 2020, estudos ecológicos encontraram associação inversa entre programas nacionais de vacinação com BCG e mortalidade por COVID-19, a confirmar com ensaios clínicos. Visando avaliar o efeito da BCG na COVID-19, iniciamos um Ensaio Clínico randomizado de 2 braços: BCG x Placebo. A partir de mai21, 555 voluntários nunca infectados nem vacinados contra SARS-CoV2 (273 BCG; 282 Placebo), foram recrutados em MG, AM e PA, a serem seguidos para avaliar incidência de infecção (detecção viral ou de anticorpos-AC) e evolução clínica por COVID-19. Com o avanço da vacinação anti-SARS-CoV2, os recrutados vêm sendo paulatinamente imunizados. Propomos comparar a eficácia da imunização entre os grupos, pesquisando AC neutralizantes a curto, médio e longo prazo e infecção e adoecimento por COVID-19 em um ano de seguimento, a partir do início da imunização. Concluiremos sobre o efeito da BCG na eficácia da vacina anti-COVID-19 quanto ao estímulo humoral e prevenção da infecção, doença e agravamento. O efeito de imunidade treinada da BCG, será analisado pela comparação dos grupos quanto aos níveis de citocinas pró-inflamatórias no dia e 2 meses após o recrutamento.
  • Fundação Oswaldo Cruz - RJ - Brasil
  • Mon Mar 28 00:00:00 BRT 2022-Mon Mar 31 00:00:00 BRT 2025
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Simone Mainieri Paulon

Ciências Humanas

Psicologia
  • sofrimento psíquico, estratégias de produção de saúde e invenção do bem viver por mulheres imigrantes e refugiadas em tempos pandêmicos
  • Este projeto parte do reconhecimento acerca da complexidade que envolve o intenso fluxo de migrações forçadas no mundo, dentro do qual ocorre um recente e crescente fenômeno de feminização. Dentre a população migrante, recaem fatores de vulnerabilização ainda maiores sobre as mulheres já que, além das dificuldades inerentes aos processos de desterritorialização, somam-se as sobrecargas das atividades domésticas, dos cuidados com filhos, da precarização dos vínculos de trabalho, entre outras violências de gênero operadas pelas culturas patriarcais, coloniais e racistas dos países a que se destinam. Para abordar a complexidade da questão, este estudo toma a questão da Saúde e Bem Viver como foco, estruturando-se sob o objetivo geral de compreender o sofrimento psíquico de mulheres imigrantes e refugiadas nas cidades de Porto Alegre/RS e Boa Vista/RR, desde um paradigma decolonial, de modo a identificar as estratégias de produção de saúde e resistência às opressões de gênero, raça e classe, intensificadas com as restrições impostas pela pandemia do covid-19. A relevância de tal investigação relaciona-se às significativas transformações dos processos migratórios e seus efeitos diretos sobre as políticas públicas de saúde e acolhimento às populações envolvidas, bem como sobre os países que as acolhem. Desse modo, este estudo será norteado pela seguinte questão de pesquisa: Quais estratégias as mulheres migrantes e refugiadas em Porto Alegre e Roraima constroem para produzir saúde e bem viver de forma a enfrentar o sofrimento psíquico e vulnerabilidades decorrentes das violências oriundas nas marcas coloniais da sociedade brasileira e intensificadas durante a pandemia de covid-19? E como as políticas públicas podem aprender com elas? A fim de alcançá-lo, a metodologia de pesquisa-intervenção será sustentada por tecnologias de grupo, tais como Oficinas e Rodas de Conversa, que se utilizarão de diários de campo e narrativas visuais e textuais como ferramentas de trabalho.
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul - RS - Brasil
  • Fri Feb 11 00:00:00 BRT 2022-Fri Feb 28 00:00:00 BRT 2025
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Simone Pereira Taguchi Borges

Outra

Multidisciplinar
  • materiais: uma ciência para todos
  • O município de Seropédica é historicamente caracterizado pelos piores indicadores do Estado do Rio de Janeiro, no que se refere à violência, escolaridade, economia, taxa de homicídio, desenvolvimento humano, geração de emprego e renda. Um dos ODS refere-se à formação dos indivíduos de modo a permitir uma qualificação adequada para o mundo profissional. Entretanto, há um descompasso entre os diferentes níveis do sistema de ensino brasileiro, principalmente comparando os cursos superiores em engenharias com o Ensino Médio (EM). Essa discrepância tem desmotivado jovens a realizar graduação, e mais intensamente nas áreas mencionadas, que por muitas vezes são consideradas intangíveis, e por esse motivo, existe uma forte necessidade de políticas públicas para reverter essa realidade. Esta proposta visa realizar uma feira de ciências e oficinas, durante a SNCT-UFRRJ em 2022, com a participação de alunos do EM das escolas de Seropédica. Acredita-se que a realização do projeto pode promover o ensino por investigação voltado à solução de problemas “aprender-fazendo”; aprimorar qualificação de professores do EM por meio de formação continuada; estimular o interesse dos alunos do EM pelas carreiras científicas; promover maior interação da comunidade acadêmica com as causas sócio-ambientais, contribuindo para a formação de cidadãos e o fortalecimento das atividades de extensão universitária. É sabido que o despertar pela ciência muitas vezes vem das coisas simples e lúdicas, e por isso novas técnicas de ensino têm sido amplamente discutidas, estando as feiras de ciências e oficinas como pontos efetivos do aprendizado. No evento será enfatizado as áreas de atuação do engenheiro de materiais, trazendo o uso de metais, cerâmicas e polímeros para o cotidiano, e mostrando processamentos práticos de alguns produtos. A premiação dos trabalhos na feira e a realização de ICJunior incentivará à formação profissional universitária, colaborando para a minimização das desigualdades sociais.
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - RJ - Brasil
  • Wed Dec 08 00:00:00 BRT 2021-Sun Dec 31 00:00:00 BRT 2023
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Simone Petraglia Kropf

Ciências Humanas

História
  • o tempo presente na fiocruz: ciência e saúde no enfrentamento da pandemia de covid-19
  • Desde as primeiras notícias sobre o novo coronavírus em fins de 2019, a Fiocruz organizou-se, num esforço ampliado e integrado, para enfrentar a doença que viria a ser declarada pela OMS, em março de 2020, uma emergência sanitária global, que apresentaria desafios sem precedentes à sociedade brasileira e ao Sistema Único de Saúde. Desde então, a instituição vem dando respostas à pandemia em diversas frentes: conhecimentos sobre o Sars-Cov-2 e a Covid-19 (em distintos campos do conhecimento); produção de métodos e tecnologias de diagnóstico (bem como sua distribuição aos serviços e organismos do Ministério da Saúde); capacitação de profissionais do país e da América Latina que atuam na vigilância; assistência médica; realização de pesquisas clínicas em busca de terapêuticas; elaboração, sistematização e disponibilização de dados epidemiológicos; implementação de ações voltadas a populações vulneráveis e de ações de comunicação destinadas a informar e sensibilizar a população sobre medidas de prevenção da Covid-19; promoção de cursos e atividades educativas voltadas a profissionais de saúde e diversos públicos; produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca mediante contrato de transferência de tecnologia; estudos de farmacovigilância deste imunizante e desenvolvimento de outras vacinas contra a Covid-19. Trata-se sem dúvida de um marco na trajetória da instituição, que ao longo de seus 121 anos enfrentou várias outras crises e emergências sanitárias. O objetivo principal deste projeto diz respeito à análise da Fiocruz, a partir dos significados conferidos a sua atuação no presente, como caso emblemático para se pensar a historicidade e a dimensão social da ciência e da saúde e, ao mesmo tempo, como balizadores para uma visão de futuro a se construir no enfrentamento dos desafios contemporâneos da sociedade brasileira. Sob tal perspectiva, a rede dos grupos, áreas e ações de enfrentamento da Covid-19 pela instituição ganha sentido sob a conjuntura específica da emergência, mas também a partir das distintas tradições pelas quais a Fiocruz se organizou como instituição de ciência, tecnologia e inovação em saúde para o SUS. Num contexto marcado por dissensos e incertezas, examinar como os diversos atores relacionados à instituição se movem na produção dos acordos e consensos básicos em torno da Covid-19 pode fornecer lentes para a análise da instituição como espaço de ciência e de saúde dotado de grande legitimidade social e reconhecimento público e, ao mesmo tempo, para o debate mais amplo (central no campo da história e dos estudos sociais da ciência e da tecnologia) sobre a expertise científica e sua autoridade epistêmica e social em contextos marcados por negacionismos e ataques à ciência. Trata-se, em suma, de um caso particularmente rico para se pensar as relações entre ciência, saúde e democracia. Um segundo eixo do projeto diz respeito à constituição de um acervo de depoimentos orais coletados junto a um amplo e diversificado conjunto de profissionais da Fiocruz, em suas diversas frentes e áreas de atuação, e de grupos com os quais ela se relaciona na sociedade. Além de proverem o acesso aos sentidos conferidos à atuação institucional, objeto central da pesquisa, tais entrevistas serão de grande importância para ampliar o vasto acervo arquivístico da Fiocruz, sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz, estimulando assim novos caminhos de investigação sobre a pandemia e sobre a história da Fiocruz e das ciências e da saúde no país. A proposta de pesquisa aqui apresentada pretende contribuir igualmente para as reflexões e desafios teórico-metodológicos próprios à história do tempo presente e à história institucional. As parcerias com o Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz e o Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde do ICICT, e a interlocução com pesquisadores de outras unidades da instituição, conferem ao projeto uma dimensão transdisciplinar fundamental não somente à análise do tema das emergências sanitárias, mas ao exercício de reflexividade necessário a um empreendimento que busca apreender a complexidade e as múltiplas dimensões das instituições científicas a partir de sujeitos situados na própria instituição que se pretende examinar. Por fim, o terceiro eixo do projeto diz respeito à articulação das ações de pesquisa em história das ciências e da saúde e de acervo e patrimônio cultural das ciências e da saúde com atividades no âmbito da divulgação científica. Num momento em que a pandemia intensifica as expectativas e ao mesmo tempo as incertezas quanto ao papel e ao lugar da ciência na sociedade, incertezas essas amplificadas por discursos negacionistas, o projeto pretende contribuir para que o público possa compreender (e valorizar) as ações da Fiocruz no presente como parte de uma tradição da ciência brasileira que se constituiu no tempo, em contextos distintos e em processos coletivos que envolvem acordos mas também tensões e dissensos. A visibilidade pública alcançada pela Fiocruz será, desse modo, um meio para se promover reflexões sobre os muitos desafios enfrentados pela ciência e pela saúde brasileiras no passado e no presente. Além de propor atividades para as Semanas Nacionais de Ciência e Tecnologia, o projeto pretende desenvolver um conjunto de podcasts que apresentem as principais frentes de atuação da Fiocruz na pandemia de modo articulado à história da instituição em cada uma dessas frentes, valendo-se de trechos de entrevistas realizadas nesta ocasião e também de depoimentos que já compõem o acervo de história oral da COC. A perspectiva dessa articulação, requisito do próprio Programa ao qual a presente proposta está submetida, constitui um dos desafios contemporâneos da sociedade brasileira, na medida em que o fortalecimento da credibilidade da ciência e dos espaços institucionais de produção de conhecimento se faz imprescindível à própria defesa da democracia.
  • Fundação Oswaldo Cruz - RJ - Brasil
  • Fri Nov 05 00:00:00 BRT 2021-Sat Nov 30 00:00:00 BRT 2024