Projetos de Pesquisa

 

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Afonso Luís Barth

Ciências Biológicas

Microbiologia
  • instituto nacional de pesquisa em resistência a antimicrobianos
  • A resistência aos agentes antimicrobianos (RA) foi considerada por muito tempo apenas um problema clínico em infecções hospitalares, e, geralmente, confinado apenas àqueles pacientes mais graves. Entretanto, o fenômeno da RA vem tornando-se um desafio complexo de saúde pública global, e a aplicação de uma estratégia única ou simples não será suficiente para conter totalmente o surgimento e propagação de microrganismos infecciosos com capacidade de adquirir resistência aos agentes antimicrobianos disponíveis. A atual falta de novos agentes antimicrobianos para substituir aqueles que se tornam clinicamente ineficazes traz urgência no desenvolvimento tecnológico de novas ferramentas face à busca de novos agentes, adicionada à necessidade de proteger a eficácia dos antimicrobianos já existentes. O Brasil, um país com dimensões continentais, e o maior da América Latina, é caracterizado por muitas variações geográficas e econômicas, além de possuir importantes centros médicos de excelência. A formação de uma rede efetivamente integrada de pesquisadores envolvidos na questão de “resistência bacteriana” no país deverá atender esta demanda e permitirá estabelecer um padrão de atuação entre os diferentes laboratórios do Brasil. Com a utilização de tecnologias inovadoras, o INPRA pretende prestar serviços para a identificação e caracterização molecular de mecanismos de resistência em amostras bacterianas de origem clínica (hospitalar e comunitária) e ambiental, estabelecer critérios nacionais de padronização do teste de suscetibilidade atuando em conjunto com o BrCAST, avaliar a atividade antimicrobiana de moléculas bioativas de diversas fontes da biodiversidade brasileira, além de criar um banco de dados representativo do território nacional, permitir a transferência dos conhecimentos e tecnologias adquiridos para laboratórios de pequeno e médio portes, formar recursos humanos especializados e firmar parcerias com órgãos governamentais, como a ANVISA. O Instituto será constituído de 14 laboratórios associados, os quais atuarão em seis núcleos principais para cumprir os objetivos de pesquisa. Além da integração entre os pesquisadores dos diferentes grupos de pesquisa, o grupo pretende firmar acordos de cooperação com diversos pesquisadores internacionais e com instituições públicas de saúde e educação.
  • Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS - Brasil
  • 28/11/2016-30/11/2024
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Afonso Luís Barth

Ciências Biológicas

Microbiologia
  • aplicação das tecnologias ômicas para caracterização de biomarcadores microbianos e protéicos em pacientes com sepse
  • A Sepse é uma resposta imunológica desregulada à infecção resultando em disfunção orgânica e potencialmente morte, sendo um grande problema de saúde pública. O Brasil tem uma das maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo, com mais de 15 mil casos/ano e 32,2% de mortalidade, segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS). Alterações no microbioma intestinal (MI) podem predispor à sepse, permitindo a proliferação de microrganismos patogênicos, (inclusive multirresistentes como Enterococcus spp e Escherichia coli), com a redução de microrganismos considerados benéficos, dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, e consequente diminuição da produção de ácidos graxos de cadeia curta. A hipótese principal deste estudo é que biomarcadores associados a disfunção do MI podem ser preditores para o desenvolvimento de sepse, bem como marcadores de gravidade da doença, pois a disbiose gera um ciclo vicioso de ruptura da microbiota intestinal, promovendo alterações imunológicas que podem favorecer o desenvolvimento da sepse (Matteo Bassetti et al., 2020; William D. Miller et al., 2021). Assim, o objetivo deste estudo será caracterizar marcadores microbiológicos e protéicos em pacientes com sepse que possam ser utilizados como preditores da doença e/ou marcadores de prognóstico. Dados de abundância, diversidade e estrutura do MI serão avaliados e relacionados com dados de expressão gênica microbiana e dados clínicos dos pacientes. O estudo das rotas e interações metabólicas também será aplicado para ampliar a caracterização dos biomarcadores. Utilizaremos as técnicas de metaproteômica e o sequenciamento do 16S rRNA (metagenômica) usando amostras de fezes de pacientes internados com infecção, sendo um grupo com sepse (caso) e o outro sem sepse (controle). Os resultados contribuirão no desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras para modulação do MI, com potencial para alteração do impacto da sepse na morbimortalidade de pacientes hospitalizados.
  • Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS - Brasil
  • 04/02/2022-28/02/2025
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Agatha Sacramento Rodrigues

Ciências Exatas e da Terra

Probabilidade e Estatística
  • observatório obstétrico brasileiro
  • A importância de permitir acesso a dados públicos de maneira estruturada e com responsabilidade faz com que a sociedade tenha acesso à informação, que gestores públicos possam tomar decisões baseadas em evidências e que as discussões sobre políticas públicas sejam embasadas em dados confiáveis. Na área da Obstetrícia, em especial, há algumas discussões sobre políticas públicas para gestantes, fetos e recém-nascidos que, muitas vezes, não são pautadas em dados científicos e/ou análise de dados públicos. Com essa motivação, propomos um observatório obstétrico por meio de uma plataforma interativa de monitoramento e análise de dados públicos da área de Obstetrícia do Brasil. Nesse observatório serão disponibilizadas as análises exploratórias, com visualização online, dinâmica e com filtragens escolhidas pelo usuário, além dos resultados de análises e modelos preditivos para os desfechos de interesse. Dentre as análises propostas, destacamos a seção do Observatório “Pandemias e Obstetrícia”, em que objetivamos avaliar os impactos das pandemias (H1N1 em 2009 e COVID-19 em 2020) na saúde materna, fetal e neonatal, assim como identificar as diferenças entre elas e suas consequências para que seja possível desenhar políticas públicas para crises futuras. Outro destaque é feito para a seção “Indicadores”, destinada à criação de indicadores obstétricos obtidos com bases de dados públicos, assim como às análises de associação entre indicadores socioeconômicos e indicadores obstétricos já existentes e os que serão criados. Como exemplo, ferramentas serão criadas para identificar os principais fatores associados a elevadas porcentagens de partos prematuros e de cesáreas nos diferentes grupos de Robson, em nível municipal. Estes são temas relevantes, uma vez que cesáreas sem indicação obstétrica podem ter impacto negativo para a saúde, além da associação de prematuridade e complicações tanto perinatais como no desenvolvimento infantil. A abordagem ambiental também será contemplada neste observatório ao conectar bancos de dados que nos informem sobre as condições climáticas, poluição, e agricultáveis que possam influenciar os resultados obstétricos e fetais frente à exposições maternas durante o período pré-gestacional e gestacional nas diferentes regiões do país; aspecto que é pouco explorado em nosso país. Para realizar as análises de interesse, pretendemos usar os seguintes bancos de dados: SINASC (Sistema Nacional sobre Nascidos Vivos), SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), SIHSUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS), BASIS (Breastfeeding Information System), SIVEP Gripe, BDMEP-INMET (Banco de Dados Meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia), bases de dados sobre a qualidade do ar fornecidas pelas agências estaduais de meio ambiente e os dados do IBGE (Censo, PNAD e PNADC). Essas bases serão tratadas e carregadas utilizando o fluxo ETL (extract, transform, load) e as análises serão realizadas ao utilizar os programas abertos R e Python. O site do Observatório será feito em WordPress (br.wordpress.org), embutindo visualizações feitas em Shiny (https://shiny.rstudio.com) e em Kibana (www.elastic.co/pt/kibana). Um desafio será integralizar as informações dos diferentes bancos de dados. Para isso, serão aplicados algoritmos de similaridade entre os dados identificados, seja por alguma variável chave (por exemplo, número de identificação social) ou por meio de um modelo probabilístico. Outro desafio consiste em lidar com a incompletude dos dados, uma vez que o tratamento não adequado aos dados faltantes pode levar a conclusões errôneas e/ou viesadas. Para este ponto, serão consideradas e pesquisadas técnicas estatísticas para dados incompletos. Nas análises de associação e de predição de desfechos obstétricos, serão considerados modelos e algoritmos supervisionados e não supervisionados de machine learning para dados transversais e para dados longitudinais, a depender da característica dos dados da análise de interesse. A ideia é que métodos já consagrados da área sejam aplicados para resolver o problema em questão. Em situações que o problema traz algum desafio do ponto de vista estatístico e/ou computacional, e que não há soluções na literatura, novas metodologias serão propostas. Por esse motivo, o projeto conta com uma equipe multidisciplinar envolvendo pesquisadores das áreas da Estatística, Computação e Obstetrícia. Ao citar a equipe, vale ressaltar que há membro que coordenou a área técnica de saúde da mulher do estado de São Paulo, especialistas em saúde materna, fetal e em prematuridade; cientistas de dados com elevado conhecimento técnico em diferentes segmentos da área e com experiências em aplicações na área obstétrica e também em análise de dados públicos do Brasil. Os resultados desse projeto serão disseminados por meio de publicações científicas e por textos em português e em inglês em um blog que será disponibilizado na plataforma. Além disso, artigos e resumos dos resultados obtidos serão apresentados e discutidos em congressos. As documentações de como os dados foram tratados e analisados serão disponibilizadas no Observatório e os códigos computacionais serão acessíveis em uma conta do Observatório no GitHub (www.github.com). Como resultado principal, pretendemos que o Observatório Obstétrico Brasileiro seja a referência de informações da saúde materna, fetal e neonatal do Brasil, com o intuito de prover informações para o auxílio de gestores e médicos na tomada de decisões. Também pretendemos aquecer e disseminar o conhecimento na área de ciência de dados no Brasil, ao disponibilizar conteúdo da área aplicada à saúde e também ao propor novos métodos em cenários que não há soluções na literatura. A equipe desse projeto já trabalha em análises iniciais de visualização de dados obstétricos e uma demonstração pode ser vista no endereço https://obstetriciafmusp.shinyapps.io/observatorio-obs.
  • Universidade Federal do Espírito Santo - ES - Brasil
  • 03/12/2020-31/01/2023
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Aguinaldo Silva Garcez Segundo

Ciências da Saúde

Saúde Coletiva
  • papo de ciência – difundindo ciência em benefício da saúde!
  • O projeto “Papo de Ciência” tem por objetivo a divulgação dos conhecimentos atuais nas áreas da saúde humana, como mecanismos de engajamento da população na busca pela saúde e qualidade de vida e mostrar como o bem-estar físico, psíquico e emocional do indivíduo impacta no desenvolvimento sustentável da comunidade. A divulgação científica, ocorrerá através de uma série de vídeos, desenvolvido por alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Odontologia e Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic e exibidos antes, durante e após a SNCT 2021. O projeto consiste na elaboração e realização de uma série de 20 vídeos com duração entre 5 e 10 minutos, em linguagem didática e acessível à população de crianças e jovens, divulgando fatos e conhecimentos científicos aplicado nas áreas da saúde. A linguagem dos vídeos se utilizará de fatos históricos, conhecimentos e mitos populares, cultura pop e acontecimentos atuais para discutir o papel da ciência no avanço da saúde humana. Os vídeos propostos serão divididos em 3 projetos distintos que incluem as séries: Você sabia?, Ciência e tecnologia na Mandic e Saúde na sala de espera. Os vídeos serão divulgados, semanalmente, nos meses de setembro e outubro, e durante a SNCT, de 02 a 08 de outubro de 2021, também ficarão disponíveis no site da faculdade e em sua conta no facebook, canal do youtube e Instagram pelos demais meses do ano. No longo prazo, estes vídeos serão apresentados, presencialmente, durante o atendimento de crianças do ensino fundamental e básico realizado pelos alunos de graduação da faculdade nos projetos de prevenção e orientação em saúde, desenvolvido pela escola na região metropolitana de Campinas, assim como serão exibidos nas salas de espera dos centros de atendimento da própria escola. Outra proposta do projeto é a utilização dos vídeos no projeto “Barco da Saúde”, que leva anualmente alunos e professores para o atendimento de populações ribeirinhas da região Amazônica
  • Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic - SP - Brasil
  • 05/10/2021-31/10/2023