Projetos de Pesquisa

 

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Patrícia Cristina Lisbôa da Silva

Ciências da Saúde

Nutrição
  • a exposição perinatal à contaminantes ambientais pode causar hiperfagia e obesidade durante o desenvolvimento?
  • A obesidade é uma doença pandêmica multifatorial que afeta centenas de países, inclusive o Brasil. Sua prevalência tem aumentado em regiões industrializadas em paralelo ao aumento da produção e uso de substâncias químicas sintéticas, consideradas disruptores endócrinos, em especial em países com pouca regulamentação. Assim, a contaminação dos alimentos, das águas, do solo e do ar pode ter um papel determinante na obesogênese. A obesidade está associada ao aumento dos casos de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares e dislipidemia, entre outros problemas de saúde. Além do sedentarismo e do consumo de alimentos densamente calóricos, sabemos que a obesidade e suas complicações também podem ter origem no início da vida. Há evidências epidemiológicas e experimentais de que a exposição a diferentes contaminantes ambientais em períodos críticos da vida, como a gestação e a lactação, podem induzir distúrbios permanentes no adulto, como a obesidade e suas comorbidades, através de mecanismos epigenéticos, fenômeno chamado programação metabólica, que originou o conceito DOHaD (Developmental Origins of Health and Disease). Portanto, estudaremos o papel dos poluentes ambientais na programação perinatal de distúrbios associados a obesidade, focando nos mecanismos neuroendócrino, metabólico e comportamental. Em roedores, avaliaremos os impactos da exposição à derivados do plástico e pesticidas durante a gestação e a lactação sobre o desenvolvimento dos descendentes, o que contribuirá para a compreensão do surgimento precoce das doenças metabólicas. O conhecimento gerado sobre o efeito dos poluentes nos primeiros 1000 dias de vida tem por objetivo dar suporte científico à regulamentação de produtos plásticos e pesticidas. Este projeto terá duração de 36 meses. Nossa equipe é multidisciplinar, composta por 10 pesquisadores de 3 instituições (UERJ, UFF e FIOCRUZ) e envolverá a participação de pós-doutores, doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica.
  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro - RJ - Brasil
  • 04/12/2023-31/12/2026
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Patricia de Carvalho Padilha

Ciências da Saúde

Nutrição
  • avaliação da relação entre dieta, inflamação, microbiota intestinal e ácidos graxos de cadeia curta com a composição corporal e o controle metabólico em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1
  • A qualidade da dieta, o manejo da glicemia, da dislipidemia e da adiposidade são pontos chaves para a redução do risco cardiometabólico no diabetes tipo 1 (DM1), mas as metas muitas vezes não são atingidas. A microbiota intestinal e os ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), derivados da microbiota, parecem influenciar a glicemia e a adiposidade, mas não foram suficientemente investigados no DM1 de longa duração. A dieta, um componente-chave do controle do DM1, modula a microbiota intestinal e seus subprodutos metabolicamente ativos - incluindo AGCCs - por meio da fermentação de carboidratos dietéticos, como fibras. Acredita-se que a dieta esteja relacionada ao perfil inflamatório, assim como à microbiota intestinal. Além disso, a inflamação e a microbiota influenciam desfechos clínicos (composição corporal, adiposidade, perfil lipídico e controle glicêmico). No entanto, a relação dieta-microbioma permanece amplamente inexplorada no DM1 de longa data.O projeto tem como objetivo avaliar a relação entre dieta, inflamação, microbiota intestinal e ácidos graxos de cadeia curta com a composição corporal e o controle metabólico em crianças e adolescentes com DM1. Trata-se de um estudo transversal, a ser realizado no maior Centro de Referência do Rio de Janeiro para o atendimento de crianças e adolescentes com DM1. O perfil metabólico será definido por controle glicêmico e perfil lipídico. A avaliação da composição corporal será realizada por meio da bioimpedância elétrica InBody S10 e por USG. A análise da microbiota intestinal será realizada por meio da extração do DNA total das fezes coletadas. Serão avaliadas as citocinas: fator de necrose tumoral, Interferon-gama, interleucina (IL)-2, IL4, IL8, IL6, IL10, TGF-beta, adiponectina e resistinas. O plano de análises estatísticas prevê para análises descritivas e por meio de regressão multinomial pelos softwares SAS versão 9.3 e Stata 16. Nível de significância estatística a ser adotado 5%.
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro - RJ - Brasil
  • 06/12/2023-31/12/2026