Notícias
-
Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
-
Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
-
Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
-
Qua, 16 Set 2020 18:30:00 -0300
Prêmio Almirante Álvaro Alberto: cerimônia virtual
A vencedora deste ano é a pesquisadora Helena Nader. Serão entregues, também, os Títulos de Pesquisador Emérito do CNPq e a Menção Especial de Agradecimentos. O evento acontece durante a posse dos novos membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Na próxima quarta-feira, 23 de setembro, ocorrerá a cerimônia virtual de entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia 2020, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em parceria com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações, a Marinha do Brasil e a Fundação Conrado Wessel. O evento começa às 18 horas, com transmissão pelos canais no YouTube do CNPq, do MCTI, da Marinha do Brasil e da Academia Brasileira de Ciências.
Na ocasião, serão entregues, ainda, os Títulos de Pesquisador Emérito do CNPq e a Menção Especial de Agradecimentos. O evento acontece durante a posse dos novos membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Nesta edição do Prêmio, dedicada à área de Ciências da Vida, será contemplada a cientista brasileira Helena Bonciani Nader, cujos trabalhos sobre glicobiologia constituem referência internacional. A Dra. Nader é professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) desde 1989, foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e, em 2019, foi eleita vice-presidente da ABC.
Instituído em 1981, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto constitui um reconhecimento e um estímulo a pesquisadores e cientistas brasileiros que prestam contribuição relevante à ciência e à tecnologia no Brasil e que tenham se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para a respectiva área de conhecimento. O prêmio é individual e concedido de forma anual, em sistema de rodízio a uma das três grandes áreas do conhecimento (Ciências da Vida; Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias). O cientista premiado recebe diploma, medalha e premiação em dinheiro, no valor de R$ 200 mil, concedida pela Fundação Conrado Wessel, além de uma viagem em um Navio de Assistência Hospitalar na Amazônia ou uma viagem à Antártica, a critério do agraciado. A viagem é oferecida pela Marinha do Brasil.
O título de Pesquisador Emérito, por sua vez, é outorgado pelo CNPq aos pesquisadores brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil há pelo menos dez anos, pelo conjunto das respectivas obras científico-tecnológicas e pelo renome desses pesquisadores junto à comunidade científica. A premiação consiste, além do título e de diploma, em passagem aérea e até 6 (seis) diárias para participação em congresso científico, no país ou no exterior. O outro prêmio a ser concedido durante a cerimônia, a Menção Especial de Agradecimento, é concedida de forma anual a pessoas físicas ou jurídicas, em reconhecimento aos serviços significativos prestados para o desenvolvimento e a divulgação do CNPq no ano anterior à entrega do título. Os contemplados com o prêmio recebem do CNPq um diploma. Veja aqui os homenageados.
Participarão do evento o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; o presidente do CNPq, Evaldo Vilela; o comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior, representando o Ministro de Estado da Defesa; o presidente da ABC, Luiz Davidovich; e o presidente da Diretoria Executiva da Fundação Conrado Wessel, Helio Levisky.
SERVIÇO
Cerimônia de Entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto, dos Títulos de Pesquisador Emérito e da Menção Especial de Agradecimentos do CNPq
Dia: 23 de setembro de 2020
Horário: 18h
Link direto para transmissão ao vivo: https://youtu.be/n3pmilWVIkg
-
Qua, 16 Set 2020 16:38:00 -0300
CNI defende PLP sobre FNDCT
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emite nota em defesa do Projeto de Lei Complementar (PLP), aprovada em Agosto no Senado Federal, que veda o contingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O PLP 135/2020 também altera a natureza jurídica do Fundo, tornando-o um fundo de natureza contábil e financeira, o que desvincula sua execução financeira ao ano fiscal.O texto aprovado no Senado Federal incluiu emendas que permitem a completa execução financeira do Fundo no ano de 2020 e que ampliam de 25 para 50% o limite máximo, em relação à dotação orçamentária anual do Fundo, para a aplicação em projetos de desenvolvimento tecnológico de empresas.Na nota, a CNI reforça que "o FNDCT é o principal instrumento de fomento à pesquisa e à inovação tecnológica no Brasil, responsável por financiar grande parte da infraestrutura de pesquisa nacional em institutos públicos e privados e por financiar projetos estratégicos de desenvolvimento científico e tecnológico".No âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o FNDCT representa importante fonte de recursos, contribuindo para o financiamento de chamadas como a Universal, que contempla milhares de projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento.Como explica a CNI, no documento, "os recursos do fundo são oriundos de contribuições compulsórias cobradas sobre o faturamento, transferência tecnológica ou pagamento royalties de setores específicos como o de tecnologia, navegação, aeroespacial, setor elétrico, informática, mineração, petróleo e gás e telecomunicações". Segundo a instituição, nos últimos 15 anos, o fundo investiu aproximadamente R$ 80 bilhões em 11 mil projetos, incluindo mais de 300 edificações específicas de pesquisa e diversos centros de inovação em parceria com o setor empresarial.No entanto, o contingenciamento que o Fundo vem sofrendo tem comprometido as estruturas públicas de desenvolvimento científico e os investimentos em inovação. Segundo a CNI, em 2020, esse contingenciament atingiu 88% dos recursos arrecadados e consignados na Lei Orçamentária."O projeto acerta ao garantir a correta destinação legal destes recursos e a desvinculação de seus saldos anuais aos ciclos orçamentários dos anos fiscais, o que irá permitir um fluxo constante de investimentos, compatível com os ciclos de desenvolvimento e maturação de projetos de inovação", aponta a CNI no documento.A nota ressalta, ainda, a importância das emendas acadatas pelo Senado, que "garantem a execução integral do orçamento aprovado para o ano de 2020 e amplia de 25 para 50% o limite máximo de recursos a serem utilizados em projetos reembolsáveis em parceria com o setor privado, o que fortalece seu papel de agente de fomento às pesquisas lideradas por empresas".O PLP está, agora, na Câmara dos Deputados e aguarda início dos trâmites para apreciação.Confirma, abaixo, os destaques do projeto de lei, reforçados pela CNI:1. Não contingenciamento dos recursos - os recursos do FNDCT possuem previsão legal de destinação e aplicação. As contribuições compulsórias, que constituem sua arrecadação, possuem destinação legal clara e orientada para a aplicação em atividades como o financiamento de programas e projetos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.Nesse sentido, eles não constituem parcela do orçamento de aplicação discricionária e sua utilização para outros fins pode ser caracterizada como desvio de finalidade, que impacta de forma mais pronunciada os agentes econômicos sobre os quais recaem os ônus das contribuições, sem receberem a devida contraprestação.2. Adequação da natureza jurídica do fundo - a adequação da natureza jurídica do FNDCT de contábil para financeiro e contábil está associada à própria destinação que as leis determinam para sua aplicação. Projetos de desenvolvimento tecnológico possuem longo prazo de execução e maturação e não podem ser modelados com base no ano fiscal.A mudança proposta visa compatibilizar a natureza jurídica do fundo com seus objetivos legais e sua finalidade administrativa e irá permitir que a gestão e o fluxo de recursos se adequem às características dos projetos de inovação.Esta alteração irá permitir que, não somente os recursos não aplicados no exercício orçamentário anterior sejam empregados na ampliação da carteira de projetos do Fundo, mas também que os recursos oriundos dos pagamentos das parcelas de projetos reembolsáveis, os resultados oriundos das participações do Fundo em empresas inovadoras e suas aplicações financeiras também sejam aplicados em suas finalidades legais.Ressalta-se ainda que alteração para fundo financeiro e contábil não acarreta nenhuma obrigatoriedade no que tange à CVM e não faz da secretaria do fundo atuar como um banco. Como fora explicitado, o objetivo da alteração é apenas aprimorar a gestão dos recursos e sua correta aplicação na finalidade para a qual o FNDCT foi criado.3. Ampliação do limite de aplicação em projetos reembolsáveis junto à iniciativa privada - a ampliação de 25 para 50% do limite máximo de investimento em fundos reembolsáveis irá ampliar o acesso de empresas a recursos, com condições de financiamento adequadas às características de projetos de inovação tecnológica, incluindo mecanismos de financiamento a empresas inovadoras.O Fundo é hoje, a principal fonte para concessão de crédito e subvenção econômica para o desenvolvimento tecnológico, com 900 empresas beneficiadas pelo crédito a custos mais competitivos, sendo 80% delas MPMEs. Por fim, essa mudança além de permitir a alavancagem de projetos voltados para a geração de bens tangíveis e com potencial para dinamizar a economia, também irá ampliar a capacidade e o volume de recursos a serem disponibilizados pelo fundo.Permitir a ampliação dos recursos para aplicação projetos reembolsáveis traz ao fundo uma maior capacidade de rentabilizar suas aplicações e amplia sua capacidade de financiamento e a eficiência na gestão de seus ativos financeiros.A ampliação do limite combinada com a mudança da natureza jurídica do fundo irá permitir a geração de fluxos financeiros que irão capitalizar o fundo e ampliar a capacidade de apoio a projetos não reembolsáveis por meio dos ganhos a serem auferidos com os projetos reembolsáveis.Por fim, essa mudança além de permitir a alavancagem de projetos voltados para a geração de bens tangíveis e com potencial para dinamizar a economia e gerar empregos, também irá ampliar a capacidade de financiamento e o volume de recursos a serem disponibilizados pelo fundo para iniciativas empresariais.
-
Seg, 14 Set 2020 18:40:00 -0300
Mestrado e Doutorado: submissão prorrogada
Devido a instabilidades ocorridas nos últimos dias para acesso ao Diretório dos Grupos de Pesquisa (DGP) e à Plataforma Integrada Carlos Chagas (PICC), o CNPq comunica a prorrogação do prazo de submissão das propostas para a Chamada Pública CNPq nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado para 25/09/2020.
Considerando problemas apresentados nos cadastros de grupos de pesquisa no DGP, e o item da chamada que se refere a critério de julgamento das propostas, o CNPq procederá, ainda, às retificações dos itens 6.6.6, letra "c", subitem iii, e 7.1.1, letra "BI", com a seguinte redação "Grupos de pesquisa no PPG ativos". Com essa retificação, será considerada suficiente a autodeclaração, no formulário de submissão de propostas, dos grupos de pesquisa no PPG ativos, não sendo obrigatório o cadastro no DGP.
-
Sex, 11 Set 2020 16:32:00 -0300
Nota de Pesar: Profº. João Evangelista Steiner
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) expressa profundo pesar pelo falecimento do astrofísico João Evangelista Steiner, ocorrido nesta quinta-feira, 10 de setembro. Professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, Steiner foi bolsista PQ do CNPq desde o início da década de 80 e grande expoente na área.
Professor João Evangelista Steiner. Foto: Divulgação/SBPC
Nascido em 1950 em São Martinho, interior de Santa Catarina, Steiner graduou-se em Física na Universidade de São Paulo (USP), em 1973, onde obteve mestrado em Astronomia, em 1975, e doutorado na mesma área, em 1979. Logo em seguida, realizou sua pesquisa de pós-doutorado no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, nos Estados Unidos.
Steiner era sócio da SBPC desde 1974 e teve grande atuação na diretoria da entidade, tendo sido primeiro-tesoureiro da SBPC (1989-1991) e secretário-geral (1991-1993). Membro da Academia Brasileira de Ciências e da TWAS (Academia Mundial de Ciências para o Avanço dos Países em Desenvolvimento), foi condecorado em 2001 com a Ordem do Rio Branco - Grau de Comendador, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, e em 2010 com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Steiner também ocupou a Secretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e dirigiu o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP).
O velório de do astrofísico João Evangelista Steiner aconteceu na manhã desta sexta-feira, no crematório São Mateus, em Santa Catarina.
Com informações da SBPC
-
Qui, 10 Set 2020 20:46:00 -0300
Estudo homenageia servidor do CNPq com novo gênero de borboletas
Estudo homenageia o pesquisador e servidor do CNPq, Eduardo Emery, falecido em 2017, estudioso de borboletas do cerrado. Assinado por pesquisadores da Unicamp, UFPR, do Museu de História Natural de Londres e da Universidade da Flórida, incluindo bolsistas do CNPq, o estudo cria o gênero Emeryus Zacca, Casagrande & Mielke, 2020.Artigo recentemente publicado pela revista Austral Entomology apresenta um novo gênero de borboletas que homenageia o pesquisador e servidor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Eduardo Emery, falecido em 2017. Assinado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Museu de História Natural de Londres (UK) e da Universidade da Flórida (EUA), incluindo bolsistas do CNPq, o estudo identificou que algumas espécies que eram previamente tratadas no gênero Paryphthimoides Forster, 1964 estavam alocadas de modo equivocado por mais de cinco décadas. Foi proposto, então, um novo gênero de borboletas, Emeryus Zacca, Casagrande & Mielke, 2020 de modo que melhor refletisse a história evolutiva e as relações naturais de parentesco dentro do grupo.
"O gênero Emeryus é composto por três espécies: Emeryus argulus (Godart, [1824]), Emeryus difficilis (Forster, 1964) e Emeryus numeria (C. Felder & R. Felder, 1867), todas com ocorrência no Brasil. Duas delas ocorrem em áreas de Cerrado, então pensei que poderia ser uma excelente oportunidade de homenagear o Eduardo por suas contribuições científicas a respeito das borboletas daquele bioma", explicou a pesquisadora Thamara Zacca, da Unicamp, principal autora do estudo.
Imagem de uma das espécies do novo gênero, visa de cima e de baixo.
Analista em Ciência e Tecnologia do CNPq desde 2006, Eduardo tinha graduação e licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília, instituição pela qual também concluiu o Mestrado em Ecologia (1998) e o Doutorado em Biologia Animal (2006). Grande conhecedor de borboletas do Cerrado, ele possuía uma coleção de borboletas que foi doada pela família para a coleção entomológica da UFPR e impressionou pela qualidade da preservação. "Infelizmente não tive a oportunidade de conhecer o Eduardo pessoalmente, mas os trabalhos que ele desenvolveu com as borboletas do Cerrado serviram como inspiração e base para alguns dos estudos com borboletas que venho realizando desde 2006", afirmou Thamara.
Eduardo Emery em campo. Foto: André V. L. Freitas/Divulgação
Segundo a companheira de Eduardo, Liege Mallmann, a homenagem é um merecido reconhecimento ao trabalho dedicado e cauteloso de Eduardo em suas pesquisas com borboletas. "Testemunhei toda a dedicação, o zelo e as preocupações envolvendo a manutenção da coleção, as idas a campo para a coleta de novos exemplares, o tempo despendido para a montagem e identificação, e todos os demais cuidados necessários. Trabalho exaustivo e para poucos. Para o Eduardo, uma grande paixão. Tenho certeza de que, onde ele estiver, deve estar radiante de alegria e celebrando bastante", ressaltou Liege.
O estudo
O estudo publicado é parte dos resultados da pesquisa de base que Thamara realizou durante o seu doutorado na UFPR (2013-2017), período em que foi bolsista do CNPq. "O objetivo principal do meu projeto era realizar um estudo sistemático, incluindo a revisão taxonômica de alguns grupos de borboletas da subfamília Satyrinae (gêneros Cissia e Paryphthimoides) utilizando dados morfológicos e de distribuição geográfica, a partir de espécimes depositados em coleções biológicas nacionais e internacionais", completou. A pesquisa teve continuidade no pós-doutorado pela Unicamp e, em colaboração com mais alguns pesquisadores, foram incluídos dados moleculares no estudo. Com o somatório de todas essas fontes de evidência, foi possível identificar, a partir da taxonomia integrativa, utilizando dados morfológicos, genéticos e de distribuição geográfica, que aquelas que compunham o gênero Paryphthimoides não formavam um grupo natural ou monofilético.
Mapa apresentado no artigo demonstra a distribuição geográfica de cada espécie. Imagem: Reprodução.
Assim, das 13 espécies de Paryphthimoides conhecidas até a revisão descrita no artigo, quatro foram mantidas nesse gênero, três foram transferidas para o novo gênero Emeryus, duas foram transferidas para Cissia e outras quatro serão tratadas em publicações futuras sob novas combinações taxonômicas. .
Além dessa homenagem, Eduardo Emery ganhou, há alguns meses, outro reconhecimento por seu trabalho com borboletas. "Um outro colega meu, José R. A. Lemes (UFPR) junto com outros colaboradores, também descreveu uma espécie de borboleta da família Riodinidae em homenagem ao Eduardo, chamada de Aricoris emeryri Callaghan, Lemes & Kaminski, 2020, que ocorre no Cerrado", contou Thamara.
Leia aqui o artigo com a descrição do gênero Emeryus Description of Emeryus Zacca, Mielke & Casagrande gen. nov. (Lepidoptera: Nymphalidae) to accommodate three species formerly placed in Paryphthimoides Forster, 1964, que tem como autores, além de Thamara, os bolsistas PQ do CNPq, Mirna M Casagrande, Olaf Mielke e André V L Freitas e os pesquisadores Eduardo P Barbosa, Blanca Huertas e Keith R Willmott.
Emoção entre familiares e amigos
A notícia da homenagem emocionou a família e os amigos de Eduardo. ¿Quando recebi a notícia, fiquei bastante emocionada, orgulhosa e feliz. De imediato, a compartilhei com nossos familiares, amigos do Eduardo e pessoas que conhecem a nossa história. As reações foram, como não poderiam deixar de ser, muito tocantes, e expressam, de diferentes formas, os meus próprios sentimentos¿, disse Liege. Do orgulho de D. Alba, mãe de Eduardo, à emoção do irmão Julio e dos amigos, a certeza de que o reconhecimento foi merecido.
Arte elaborada pelo Laboratório de Ecologia e Sistemática de Borboletas da Unicamp - LABBOR
-
Qui, 10 Set 2020 18:27:00 -0300
Informe nº 5 - Atualização
Considerando as restrições de mobilidade ainda necessárias devido à pandemia da COVID-19, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) atualizou o Informe nº 5, publicado em 12 de junho de 2020, que trata das situações decorrentes das limitações impostas pelas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, a saber:
- Serão indeferidas, sem análise do mérito técnico científico, propostas de Participação em Eventos Científicos (AVG) ou Auxílio a Pesquisador Visitante (APV) com realização compreendida até 31/03/2021.
- Fica suspensa a submissão de novos pedidos de Participação em Eventos Científicos (AVG) ou Auxílio a Pesquisador Visitante (APV) até 31/12/2020.
-
Qua, 09 Set 2020 11:34:00 -0300
UECE realiza primeira gestação em caprino do mundo com ovário artificial
A revista científica internacional Molecular Reproduction and Development publicou, em 6 de agosto de 2020, artigo sobre pesquisa inédita acerca da gestação em caprinos com o uso da tecnologia do ovário artificial, realizada pela equipe do Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-antrais (Lamofopa).A revista científica internacional Molecular Reproduction and Development publicou, em 6 de agosto de 2020, artigo sobre pesquisa inédita acerca da gestação em caprinos com o uso da tecnologia do ovário artificial, realizada pela equipe do Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-antrais (Lamofopa), liderada pelo professor José Ricardo de Figueiredo, da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (Favet-UECE) e pesquisador 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa utilizou técnicas que possibilitaram, pela primeira vez, na espécie caprina, uma gestação a partir de óvulos que sobreviveram e cresceram fora do organismo materno. Os pesquisadores envolvidos no projeto vinham preservando o sigilo dos resultados obtidos no ano passado e decidiram divulgar os resultados da pesquisa apenas agora, devido à publicação do artigo. Embora a gestação caprina não tenha chegado a termo, o fato foi considerado um avanço, pois a pesquisa representou melhorias significativas na maturação e na produção in vitro de embriões a partir de óvulos crescidos também in vitro.
A criação do ovário artificial in vitro visa o cultivo dos folículos ovarianos em meios especiais, com o fim de se conseguir o crescimento e a maturação de maior número de óvulos, que poderão ser fecundados e gerar embriões. No ovário natural, apenas 0,1% dos óvulos que iniciam seu crescimento no folículo chegam à ovulação. "Esta pesquisa é extremamente complexa e, portanto, bastante desafiadora, mas estamos avançando um passo de cada vez", diz o professor José Ricardo. Segundo ele, a tecnologia do ovário artificial tem grande importância na pesquisa básica, como aprofundar o conhecimento sobre os fatores que controlam a sobrevivência e desenvolvimento in vitro de folículos ovarianos.O objetivo da pesquisa era conhecer os fatores que controlam o desenvolvimento dos óvulos, mas as aplicações desse conhecimento poderão prover dados que poderão auxiliar trabalhos de reprodução de animais domésticos e a multiplicação de espécies ameaçadas de extinção. As informações coletadas pelo projeto poderão, ainda, ser aplicadas em pesquisas para o tratamento de infertilidade em mulheres e para a preservação de fertilidade em mulheres diagnosticadas com doenças como câncer.
A pesquisa foi realizada no Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-antrais (Lamofopa) da UECE.Foto: UECE/Divulgação.
Além de ser o maior laboratório da América Latina relacionado à pesquisa na área do ovário artificial caprino, o Lamofopa é colaborador do Oncofertility, um dos mais relevantes consórcios internacionais para o tratamento de infertilidade em humanos, com sede em Chicago, Estados Unidos.O laboratório também vem colaborando de forma expressiva na produção de artigos científicos em periódicos internacionais e já depositou a patente do ovário artificial. O estudo foi desenvolvido com parte dos recursos do Edital 02/2015 - FUNCAP/CNPq, que contemplou um projeto em rede coordenado pelo professor José Ricardo e também financiou pesquisas com outras bioténicas reprodutivas. Em período anterior, com recursos aprovados de edital RENORBIO-CNPq (2006), bem como de projeto de cooperação internacional financiado pela CAPES-FUNCAP, a equipe do Lamofopa foi a primeira no mundo a relatar a obtenção in vitro de oócitos maturos e de embriões em estágios avançados na espécie caprina, utilizando a tecnologia do ovário artificial.
No momento, o professor José Ricardo e a equipe buscam por mais investimentos para dar continuidade à pesquisa. Eles ainda contam com recursos de outros editais, com o estoque de material sobressalente da pesquisa realizada até o momento e a taxa de bancada mensal recebida pelo professor José Ricardo com a bolsa do CNPq. O Prof. Jose Ricardo levanta, ainda, a possibilidade de organizar cursos no laboratório para arrecadar fundos a serem aplicados na pesquisa e conta com algum auxílio de parceiros privados. A empresa BioMérieux, de comércio de produtos laboratoriais, cedeu equipamentos para dosagem hormonal. A Brio Embryo, empresa de biotecnologia no Estado do Tocantins (TO), tem contribuído com material e custeou projetos de orientandos."Na minha opinião, o momento atual exige muita serenidade, resiliência, criatividade. Precisamos nos reinventar e ampliar a nossa capacidade de cooperação interna, bem como com outros pesquisadores e instituições parceiras", diz o professor.
Um dos fatores citados pelo professor para o alcance de bons resultados na pesquisa se deve ao comprometimento dos membros da equipe do Lamofopa, o que ele atribuiu também à formação humanística de seus integrantes. Na contramão do tecnicismo puro de muitos laboratórios de pesquisa, que têm a produção de artigos quase como um fim em si mesmo, o Lamofopa oferece, além do treinamento em técnicas avançadas de manipulação de gametas, apresentação oral de dados e elaboração de artigos, a formação em liderança e bioética. "O artigo científico é um meio de formação do aluno. Não pode ser um fim em si mesmo", afirma o professor.
O artigo sobre o ovário artificial in vitro pode ser encontrado no endereço
-
Sex, 04 Set 2020 18:11:00 -0300
Resultado preliminar do Programa MAI/DAI
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada CNPq Nº 12/2020 - Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI).
A chamada busca fomentar a cooperação das ICTs com empresas por meio do envolvimento de alunos graduação e pós-graduação em projetos de interesse do setor empresarial.
A iniciativa visa ampliar o escopo do Programa Doutorado Acadêmico para Inovação (DAI), de âmbito nacional, lançado pelo CNPq em 2018, com a inclusão da modalidade de Mestrado e de Iniciação Tecnológica e Industrial (ITI). Cabe ressaltar que o Programa MAI/DAI apoiará propostas aderentes a, no mínimo, uma das Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI), conforme estabelecido na Portaria MCTIC nº 1.122/2020, com o texto alterado pela Portaria MCTIC nº 1.329/2020.
Com aprovação preliminar, o CNPq está apoiando a realização do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI) em 40 ICTs, concedendo mais de 1.000 bolsas de Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) e em torno de 400 bolsas nas modalidades mestrado e doutorado.
Veja aqui, o resultado preliminar.
-
Qua, 02 Set 2020 17:07:00 -0300
Pesquisa aponta alternativa barata para desinfetar superfícies e mãos
Em estudo, bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) desenvolveram uma fórmula que inativou coronavírus aviário, semelhante ao SARS-CoV-2. Ação contra o vírus causador da Covid-19 será testada na próxima etapa do trabalho.Pesquisadores brasileiros deram o primeiro passo para o desenvolvimento de um método simples e de baixo custo para desinfetar superfícies e mãos. Testes em laboratório demonstraram que uma película de detergente pode inativar o coronavírus aviário-vírus que provoca gripe em aves e pertence à mesma família do SARS-CoV-2, causador da Covid-19. A partir dos bons resultados, publicados na plataforma 'Preprints', os cientistas vão avaliar a ação da fórmula contra o SARS-CoV-2 na próxima etapa do trabalho. Caso o efeito se confirme, a proposta é que o produto possa ser aplicado na desinfecção de superfícies e objetos, como maçanetas, corrimões e lixeiras, assim como na higienização das mãos. O estudo foi realizado por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com colaboração do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC/USP) e Instituto de Zootecnia (IZ).
Duas misturas fáceis de preparar foram avaliadas no trabalho. A fórmula para desinfecção de superfícies foi produzida com duas partes de detergente e uma de água. Já a loção para higiene das mãos, foi elaborada com 20 colheres de detergente e uma de óleo de soja, adicionado para melhorar a plasticidade e reduzir o ressecamento da pele. As duas misturas foram espalhadas sobre placas de plástico. Depois que os produtos secaram, formando uma película, os pesquisadores incubaram o coronavírus aviário nas placas por dez minutos. Em seguida, analisaram a infectividade viral, ou seja, a capacidade do vírus de provocar infecção. O teste, realizado com ovos de galinha embrionados, que são suscetíveis ao microrganismo, confirmou a inativação do patógeno nas placas tratadas com a película de detergente. Em comparação, nas placas de controle, sem tratamento, os vírus permaneceram infectivos.Colaborador do trabalho, o pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental, diretor do IOC e bolsista do CNPq, José Paulo Gagliardi Leite, explica que os testes realizados com o coronavírus aviário foram uma estratégia para acelerar a pesquisa. Devido aos riscos para a saúde humana, os experimentos com o vírus causador da Covid-19 devem ser realizados em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB3). "O coronavírus aviário é semelhante ao SARS-CoV-2, mas não infecta os seres humanos e pode ser manipulado em laboratórios com menor grau de biossegurança. Por isso, foi escolhido como modelo. Com os resultados positivos, iniciamos os preparativos para testar a película de detergente contra o SARS-CoV-2 na plataforma NB3 da Fiocruz", adianta o virologista.
A estabilidade de longo prazo do filme de inativação viral também foi demonstrada no trabalho. Os testes indicaram que os principais componentes da fórmula para desinfecção de superfícies mantiveram-se estáveis até sete dias após a aplicação. A avaliação não foi realizada com a loção para higiene das mãos, considerando ter sido elaborada para agir nas horas seguintes à aplicação.
Primeiro autor do artigo, o pesquisador da Embrapa Instrumentação e bolsista do CNPq, Luiz Alberto Colnago, aponta que o efeito de longa duração pode ser uma vantagem adicional da película de detergente. Segundo ele, vários desinfetantes podem inativar o SARS-CoV-2, mas estes produtos evaporam rapidamente, de forma que as superfícies podem ser contaminadas novamente logo após a desinfecção. "Acreditamos que a atividade antiviral do filme pode ser atribuída, em grande parte, à ação biocida dos surfactantes - que são os principais constituintes de formulações de produtos de limpeza e higiene pessoal ¿ presentes no detergente. A estabilidade química das películas indica que as propriedades dos compostos, incluindo a atividade antiviral, serão preservadas pelo mesmo período e podem manter um efeito protetor residual", afirma o pesquisador.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 é transmitida por gotículas liberadas do nariz e da boca de pessoas infectadas, por exemplo, quando elas tossem, espirram, falam ou cantam. As superfícies podem ser uma fonte de disseminação da doença, pois as pessoas podem se infectar ao tocar em áreas contaminadas e levar as mãos aos olhos, nariz ou boca. Por esse motivo, é recomendado lavar as mãos com água e sabão ou realizar a higiene com produtos à base de álcool 70%. A limpeza de superfícies e objetos, especialmente aqueles tocados com frequência, também é indicada.
"A disponibilidade de produtos baratos é muito importante para as populações carentes da América Latina e da África, que estão entre as mais vulneráveis para a doença", pontua José Paulo. "Os resultados obtidos no trabalho ainda abrem a perspectiva para aplicação da película contra outros vírus envelopados", acrescenta o virologista. Além da ação contra o SARS-CoV-2, os pesquisadores também devem avaliar, nas próximas etapas do estudo, a eficácia da película de detergente contra outros patógenos, a estabilidade do produto sobre diferentes superfícies e a aplicação manual.Por: Maíra Menezes/ Instituto Oswaldo Cruz
-
Sex, 28 Ago 2020 17:53:00 -0300
CONECTI faz sua primeira reunião do ano
Participantes do Consórcio apresentaram suas ações, desenvolvidas no primeiro semestre do ano
O Consórcio Nacional em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (CONECTI Brasil) retomou suas atividades e reuniu-se pela primeira vez em 2020, por videoconferência, nesta quarta-feira, 19, com representantes de todas as suas instituições. Durante o encontro, foram apresentados os trabalhos concretizados ao longo do primeiro semestre e reestruturados os comitês representativos e deliberativos.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), representado pelo Coordenador de Projetos de Tecnologia da Informação, Igor Cavalcante informou que o Conselho já iniciou os trabalhos internos para substituir o Extrator Lattes (sistema de extração de informações da Plataforma Lattes) pelas soluções desenvolvidas no âmbito do Conecti. Segundo Igor, os serviços de integração de sistemas desenvolvidos dentro do CNPq estão avançados, possibilitando a integração inicial da Plataforma Carlos Chagas. O CNPq ressaltou, ainda, a importância de integração dos sistemas de pagamentos entre o CNPq, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
A CAPES apresentou alguns projetos previstos no seu Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTIC 2020-2023): a Sucupira 2.0 - uma nova versão da Plataforma Sucupira, que deverá ser oferecida após a Avaliação Quadrienal de 2021 - e o Ecossistema de Pesquisa (ECOP-CAPES) e Atuação do Consultor na CAPES (ATUACAPES) - novas ações em discussão, que irão apresentar de forma integrada os dados de diversos sistemas da CAPES.
Manoel Brod, coordenador de Gestão da Informação da Diretoria de Avaliação (DAV) da CAPES, explicou que a equipe "vem trabalhando internamente para aprimorar seus processos, de forma a estar preparada para realizar a troca de dados e informações com os membros do CONECTI". Ele contou que dentro dos projetos com foco nos dados da pós-graduação que concernem à CAPES, "estamos sempre conversando e contando com a participação fundamental das instituições de ensino superior e seus especialistas para produzirmos resultados que atendam a todos".
Talita Oliveira, coordenadora-geral de Atividades de Apoio à Pós-Graduação da DAV, esclareceu que neste primeiro semestre progrediram na estruturação de ações do CONECTI. "Avançamos nas Ferramentas de Apoio à Integração de Sistemas (FAIS), na parte legal, referente à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e na construção de um portal de integração de informações", explicou a coordenadora, que disse agora esperar resultados precisos em breve.
CONECTI Brasil
O Consórcio é uma ação multi-institucional que prevê a criação de um ecossistema de informações em pesquisa, integrando os sistemas federais e estaduais, otimizando a gestão do conhecimento, por meio de uma plataforma nacional de integração de dados relacionados à educação, ciência, tecnologia e inovação.
Além do CNPq e da CAPES, compõem o CONECTI o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO), o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Com informações da Coordenação de Comunicação da CAPES (CCS/CAPES)