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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Seg, 16 Nov 2020 14:26:00 -0300
Pesquisa desenvolve alternativa a agrotóxico para descontaminação ambiental
Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolveu tecnologia para a descontaminação ambiental por herbicidas com a utilização de plantas. A fitorremediação, como a técnica é chamada, consiste em uma alternativa sustentável para diminuir resíduos de agrotóxicos no solo.Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolveu tecnologia para a descontaminação ambiental por herbicidas com a utilização de plantas. A fitorremediação, como a técnica é chamada, consiste em uma alternativa sustentável para diminuir resíduos de agrotóxicos no solo. Essa técnica é utilizada para ambientes em que há grande quantidade de metais pesados. A inovação na pesquisa, desenvolvida pelo professor José Barbosa dos Santos , do Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq, foi o uso da técnica para combater resíduos de herbicidas, produtos aplicados em maior quantidade por hectare e cujas moléculas foram desenvolvidas para matar plantas. De cada 10 quilos de agrotóxicos lançados ao meio ambiente por ano, cerca de metade é formada por herbicidas. Os resíduos dessas substâncias têm forte poder de contaminação das águas.
O professor e sua equipe selecionaram várias espécies de plantas capazes de diminuir quantidades expressivas de herbicidas que chegam aos cursos hídricos. O resultado principal da pesquisa foi o conhecimento de como se dá a fitorremediação ao nível genético da parceria da planta com microrganismos do solo. Além dos resultados gerados pela própria atividade de pesquisa, o tema da descontaminação ambiental com o uso de fitorremediação em sítios com resíduos de herbicidas gerou a publicação de seis artigos, entre eles um publicado na revista Environmental Pollution , que descreve a metagenômica e a degradação completa do herbicida atrazine por espécies de árvores da nossa flora brasileira. O atrazine é conhecido por ser o maior poluidor de águas do mundo. O trabalho é fruto de uma das teses de doutorado orientadas pelo professor, em parceria com coorientadores. A pesquisa gerou a orientação de três teses de doutorado e de três trabalhos de iniciação científica.
O objetivo esperado da pesquisa era o de se selecionar pelo menos uma espécie possível de fitorremediadora no campo agrícola, para diminuir resíduos dos principais herbicidas nos grupos das árvores, das herbáceas e das macrófitas, ou plantas aquáticas. Em primeiro lugar, os pesquisadores pensaram em enriquecer as matas ciliares, que protegem os rios e lagos contra a erosão de suas encostas, com árvores que filtrassem o solo contendo resíduos de herbicidas, antes que esses restos chegassem em rios e lagos por meio do lençol freático. O resultado encontrado foi a descoberta de duas espécies arbóreas com grande capacidade de degradação do herbicida atrazine.
No caso das espécies arbóreas, grupo em que ocorreram mais avanços no estudo, foi possível estudar a rizosfera (região onde o solo e as raízes da planta entram em contato) e fazer um apanhado geral das funções dos microrganismos associados às raízes das plantas. O estudo ajudou na compreensão dos genes que são acionados quando em presença dos resíduos dos herbicidas. O professor e sua equipe descobriram novos microrganismos que atuam em parceria com as raízes na degradação do atrazine. A importância desse resultado se dá pelo fato desses microrganismos nunca terem sido mencionados na literatura mundial como detentores dessa capacidade. Em paralelo a isso, os cientistas mostraram os genes que permitem a associação planta/microrganismo degradar totalmente a molécula de atrazine.
Para as macrófitas, ou plantas aquáticas, em segundo lugar, a ideia dos pesquisadores foi a de confeccionar filtros para a limpeza de alguns cursos hídricos que já tivessem resíduos de herbicidas. Além de retirar os restos dessas substâncias da água, o método ainda contribuiria para melhorar a qualidade da água capturada para irrigação. Resíduos de herbicidas em água afetam de forma direta o fitoplâncton, comprometendo a disponibilidade de oxigênio e a produção de toda a vida aquática. A seleção de duas macrófitas com potencial para agregar resíduos de herbicidas na água ao mesmo tempo mostrou que esse tipo de fitorremediação possui a capacidade de degradar ao menos parcialmente um tipo de herbicida.
No caso das herbáceas, em terceiro lugar, o meio encontrado pelos pesquisadores foi o de acelerar a degradação dos resíduos na própria área de produção. Na cultura da soja, por exemplo, em que se usa herbicidas para controlar a proliferação de plantas daninhas, ao final do ciclo restariam resíduos danosos para algumas espécies cultivadas em sucessão. No caso, o recomendado pelos pesquisadores, a utilização de fitorremediadoras de ciclo rápido contribuiria para a limpeza da área, deixando-a apta a receber maior número de possibilidades de cultivos. O modelo piloto de fitorremediação de resíduos do herbicida diclosulam, um dos mais utilizados na cultura da soja e cujos resíduos permanecem em campo por grande período, além de permitir a liberação mais rápida da área para novos plantios, apresentou potencial para uso na produção de bioetanol.
Sem a fitorremediação, não seria possível a limpeza de áreas de herbáceas com resíduos de herbicidas para novos plantios. O professor José Barbosa salienta a importância de se dar continuidade às pesquisas nesse campo, visto que a retirada de herbicidas do solo para outros cultivos ainda permanece um problema para muitas culturas, como as do alho, da cebola, da batata e da cenoura. "Em um futuro não distante será possível um programa de fitorremediação que fará parte da rotina dos agricultores, ou seja, já saberiam quais combinações podem ser feitas ao longo do ano de plantio, caso usem herbicidas de efeito residual", afirma o professor. Segundo ele, a ideia não é a de incentivar o uso de herbicidas, mas evitar que os resíduos sejam danosos às culturas seguintes e ao meio ambiente.
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Seg, 16 Nov 2020 14:15:00 -0300
Pesquisa desenvolve alternativa a agrotóxico para descontaminação ambiental
Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolveu tecnologia para a descontaminação ambiental por herbicidas com a utilização de plantas. A fitorremediação, como a técnica é chamada, consiste em uma alternativa sustentável para diminuir resíduos de agrotóxicos no solo.Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolveu tecnologia para a descontaminação ambiental por herbicidas com a utilização de plantas. A fitorremediação, como a técnica é chamada, consiste em uma alternativa sustentável para diminuir resíduos de agrotóxicos no solo. Essa técnica é utilizada para ambientes em que há grande quantidade de metais pesados. A inovação na pesquisa, desenvolvida pelo professor José Barbosa dos Santos , do Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq, foi o uso da técnica para combater resíduos de herbicidas, produtos aplicados em maior quantidade por hectare e cujas moléculas foram desenvolvidas para matar plantas. De cada 10 quilos de agrotóxicos lançados ao meio ambiente por ano, cerca de metade é formada por herbicidas. Os resíduos dessas substâncias têm forte poder de contaminação das águas.
O professor e sua equipe selecionaram várias espécies de plantas capazes de diminuir quantidades expressivas de herbicidas que chegam aos cursos hídricos. O resultado principal da pesquisa foi o conhecimento de como se dá a fitorremediação ao nível genético da parceria da planta com microrganismos do solo. Além dos resultados gerados pela própria atividade de pesquisa, o tema da descontaminação ambiental com o uso de fitorremediação em sítios com resíduos de herbicidas gerou a publicação de seis artigos, entre eles um publicado na revista Environmental Pollution , que descreve a metagenômica e a degradação completa do herbicida atrazine por espécies de árvores da nossa flora brasileira. O atrazine é conhecido por ser o maior poluidor de águas do mundo. O trabalho é fruto de uma das teses de doutorado orientadas pelo professor, em parceria com coorientadores. A pesquisa gerou a orientação de três teses de doutorado e de três trabalhos de iniciação científica.
O objetivo esperado da pesquisa era o de se selecionar pelo menos uma espécie possível de fitorremediadora no campo agrícola, para diminuir resíduos dos principais herbicidas nos grupos das árvores, das herbáceas e das macrófitas, ou plantas aquáticas. Em primeiro lugar, os pesquisadores pensaram em enriquecer as matas ciliares, que protegem os rios e lagos contra a erosão de suas encostas, com árvores que filtrassem o solo contendo resíduos de herbicidas, antes que esses restos chegassem em rios e lagos por meio do lençol freático. O resultado encontrado foi a descoberta de duas espécies arbóreas com grande capacidade de degradação do herbicida atrazine.
No caso das espécies arbóreas, grupo em que ocorreram mais avanços no estudo, foi possível estudar a rizosfera (região onde o solo e as raízes da planta entram em contato) e fazer um apanhado geral das funções dos microrganismos associados às raízes das plantas. O estudo ajudou na compreensão dos genes que são acionados quando em presença dos resíduos dos herbicidas. O professor e sua equipe descobriram novos microrganismos que atuam em parceria com as raízes na degradação do atrazine. A importância desse resultado se dá pelo fato desses microrganismos nunca terem sido mencionados na literatura mundial como detentores dessa capacidade. Em paralelo a isso, os cientistas mostraram os genes que permitem a associação planta/microrganismo degradar totalmente a molécula de atrazine.
Para as macrófitas, ou plantas aquáticas, em segundo lugar, a ideia dos pesquisadores foi a de confeccionar filtros para a limpeza de alguns cursos hídricos que já tivessem resíduos de herbicidas. Além de retirar os restos dessas substâncias da água, o método ainda contribuiria para melhorar a qualidade da água capturada para irrigação. Resíduos de herbicidas em água afetam de forma direta o fitoplâncton, comprometendo a disponibilidade de oxigênio e a produção de toda a vida aquática. A seleção de duas macrófitas com potencial para agregar resíduos de herbicidas na água ao mesmo tempo mostrou que esse tipo de fitorremediação possui a capacidade de degradar ao menos parcialmente um tipo de herbicida.
No caso das herbáceas, em terceiro lugar, o meio encontrado pelos pesquisadores foi o de acelerar a degradação dos resíduos na própria área de produção. Na cultura da soja, por exemplo, em que se usa herbicidas para controlar a proliferação de plantas daninhas, ao final do ciclo restariam resíduos danosos para algumas espécies cultivadas em sucessão. No caso, o recomendado pelos pesquisadores, a utilização de fitorremediadoras de ciclo rápido contribuiria para a limpeza da área, deixando-a apta a receber maior número de possibilidades de cultivos. O modelo piloto de fitorremediação de resíduos do herbicida diclosulam, um dos mais utilizados na cultura da soja e cujos resíduos permanecem em campo por grande período, além de permitir a liberação mais rápida da área para novos plantios, apresentou potencial para uso na produção de bioetanol.
Sem a fitorremediação, não seria possível a limpeza de áreas de herbáceas com resíduos de herbicidas para novos plantios. O professor José Barbosa salienta a importância de se dar continuidade às pesquisas nesse campo, visto que a retirada de herbicidas do solo para outros cultivos ainda permanece um problema para muitas culturas, como as do alho, da cebola, da batata e da cenoura. "Em um futuro não distante será possível um programa de fitorremediação que fará parte da rotina dos agricultores, ou seja, já saberiam quais combinações podem ser feitas ao longo do ano de plantio, caso usem herbicidas de efeito residual", afirma o professor. Segundo ele, a ideia não é a de incentivar o uso de herbicidas, mas evitar que os resíduos sejam danosos às culturas seguintes e ao meio ambiente.
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Seg, 16 Nov 2020 09:42:00 -0300
Médica veterinária vence o Famelab Brasil 2020
No dia 15 de novembro foi divulgado o resultado final do Famelab Brasil 2020. A grande campeã foi a carioca a Gabriela Ramos Leal . Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Unigranrio e doutora em Clínica e Reprodução Animal pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com período sanduíche na University of Adelaide, na Austrália, a jovem de 34 anos é moradora da capital do Rio de Janeiro. Atualmente é revisora de periódicos científicos internacionais, médica veterinária do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman e docente de Embriologia na Universidade Castelo Branco (UCB).
Gabriela representa o Brasil, nesta segunda, 16, no FameLab International.
Gabriela representa o Brasil, nesta segunda, 16, no FameLab International, com anúncio dos finalistas transmitido ao vivo no YouTube do FameLab: https://www.youtube.com/user/famelab
Dos 118 inscritos nesta 4ª edição, 30 foram selecionados para a semifinal, sendo três bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e receberam um treinamento em comunicação científica ministrado pelo Prof. Ronaldo Christofoletti (Unifesp) e a treinadora britânica Wendy Sadler, antes de se apresentarem diante de um comitê avaliador e convidados. Na seqüência, 10 participantes foram escolhidos para disputar a final.
O Famelab
Lançado em 2005 pelo Festival de Ciência de Cheltenham, na Inglaterra, e é realizado em 32 países pelo British Council. É considerada, hoje, uma das maiores competição de comunicação científica do mundo.
No Brasil, a iniciativa está em sua quarta edição e conta com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por meio do CNPq, do Conselho Nacional das Fundações de Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A final foi transmitida neste domingo, 15 pela TV Cultura, disponível no Youtube do canal: https://youtu.be/PK_LQtnebYo
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Qua, 11 Nov 2020 12:05:00 -0300
CNPq divulga resultado final da Chamada MAI/DAI
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado final da Chamada nº 12/2020 do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação - MAI/DAI. Serão concedidas 2.102 bolsas no País, nas modalidades Doutorado, Mestrado e Iniciação Tecnológica Industrial, com investimento total de R$ 50,91 milhões por parte do CNPq.
O Programa MAI/DAI busca fortalecer a pesquisa, o empreendedorismo e a inovação nas Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs), por meio do envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação em projetos de interesse do setor empresarial.
Foram contempladas 59 instituições das diferentes regiões do país, cerca de 66% das proponentes, com projetos de pesquisa a serem desenvolvidos em parceria com a indústria.
Veja aqui o resultado final.
Conheça o Programa (clique na imagem para visualizar em alta resolução):
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Ter, 03 Nov 2020 16:29:00 -0300
Pesquisa desenvolve tratamento mais eficiente para câncer de pâncreas
Grupo da USP, coordenado por bolsista do CNPq, desenvolveu um tipo especial de nanocápsulas capazes de levar às células de câncer de pâncreas dois remédios quimioterápicos de primeira linha. O direcionamento simultâneo desses medicamentos demonstrou maior capacidade de inibir a proliferação celular e de induzir a morte das células cancerosas.Pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNANO), do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) desenvolveram um tipo especial de nanocápsulas capazes de levar às células de câncer de pâncreas dois remédios quimioterápicos de primeira linha, Gemcitabina e Paclitaxel. O direcionamento simultâneo desses medicamentos demonstrou maior capacidade de inibir a proliferação celular e de induzir a morte das células cancerosas. As nanocápsulas são nanopartículas ocas, com tamanho mil vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo, construídas com as membranas celulares retiradas de células de câncer de pâncreas. Por isso, interagem de forma mais específica com células desse tipo de tumor, liberando os quimioterápicos com maior facilidade. Nessa forma de entrega controlada, menor quantidade de remédio atinge as células saudáveis, gerando menos efeitos colaterais.
Além disso, as nanocápsulas, por serem fabricadas com membranas de células cancerosas, estimulam as células do sistema imunológico. Segundo o professor Valtencir Zucolotto,coordenador do GNANO e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), que supervisiona a pesquisa, o grupo envolvido com o trabalho acredita que as nanocápsulas tenham um efeito de imunoterapia, isto é, quando o próprio sistema imunológico combate o tumor. "O grande benefício que esperamos quando se usa nanopartículas para entregar os fármacos é a diminuição dos efeitos colaterais, pois a princípio, o fármaco é liberado preferencialmente nas células do tumor e não nos tecidos saudáveis. No nosso trabalho, ainda, espera-se o benefício da imunoterapia", diz ele.
O artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Materials Advances, da Royal Society of Chemistry. O trabalho faz parte da tese de doutorado do aluno, Edson Comparetti primeiro autor do artigo, escrito junto com os estudantes Paula Lins e João Quitiba. A pesquisa foi apoiada pelo CNPq por meio da Chamada Universal de 2018, no valor de R$ 20 mil. De acordo com Edson Comparetti, o financiamento recebido das principais agências de pesquisa e inovação do país é primordial para esse trabalho. "Sem ele não haveria condições de desenvolvermos nossos estudos e de manter as estruturas necessárias para comprovarmos nossos resultados", afirma ele, que ressalta o valor da experiência em sua formação. "Desenvolver pesquisa em um ambiente onde se busca trabalhar na fronteira do conhecimento e aplicar Ciência ao bem estar das pessoas é muito gratificante", completa Edson.
O câncer de pâncreas é a 14ª neoplasia mais frequente no mundo e a sétima maior em mortalidade, com diagnóstico em geral confirmado nos últimos estágios da doença. As principais estratégias de tratamento são cirurgia e quimioterapia, mas os pacientes sobrevivem apenas alguns meses depois do início da terapia. O tratamento quimioterápico combina uma série de drogas que, entre outras funções, interferem na replicação do DNA, inibindo a divisão celular. Porém, nos estágios finais, esse tipo de tumor é muito resistente à quimioterapia. No momento, a aplicação simultânea de diferentes quimioterápicos melhora a eficiência no tratamento de pacientes. Contudo, a baixa especificidade dessas moléculas pode aumentar os efeitos colaterais em células sadias. Por isso a importância do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores do IFSC-USP.
Segundo Edson Comparetti, a abordagem da pesquisa do IFSC-USP poderá ajudar a reduzir os custos dos tratamentos, permitindo que mais pessoas tenham acesso às novas tecnologias contra o câncer. Os pesquisadores terminaram os testes in vitro, comprovando a eficácia da tecnologia em células humanas de câncer de pâncreas cultivadas em laboratório, e já solicitaram pedido de patente para o trabalho. O próximo passo é realizar os testes in vivo, em modelos animais. O professor Zucolotto diz que, no futuro, se tudo correr bem, eles pretendem realizar testes clínicos em humanos, em parceria com colaboradores de áreas médicas. Apesar de ser menos tóxico, devido a liberar o remédio apenas no tumor, o professor Zucolotto alerta que o uso de nanocápsulas ainda não é um tratamento, porque ainda não foi usado em humanos. Algumas das análises do trabalho foram realizadas no Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), em Campinas.
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Seg, 26 Out 2020 14:36:00 -0300
Pesquisadores apontam a relevância das diatomáceas no mar antártico
Pesquisa realizada pela FURG, apoiada pelo CNPq no âmbito do Proantar, identifica a relevância das diatomáceas, um tipo de microalga marinha, fundamental para a eficiência da bomba biológica de carbono na região do mar antártico. A atividade fotossintética desses organismos auxilia a retirada do excesso de gás carbônico atmosférico, um dos principais gases do efeito estufa.A revista internacional Limnology and Oceanography publicou, no mês de setembro, artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros sobre a relevância das diatomáceas, um tipo de microalga marinha, fundamental para a eficiência da bomba biológica de carbono na região do mar antártico. A atividade fotossintética desses organismos fitoplanctônicos auxilia a retirada do excesso de gás carbônico atmosférico, um dos principais gases do efeito estufa, associado às mudanças climáticas e liberado de forma diária pelo homem, por meio da queima de combustíveis fósseis. O trabalho, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi desenvolvido pelo Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL), da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). O artigo teve a participação de vários pesquisadores e foi liderado pelo bolsista de Iniciação Científica (IC) do CNPq, Raul Rodrigo Costa, que verificou in situ as condições ambientais prevalentes durante o período de desenvolvimento da floração de diatomáceas na região antártica.
Ao observar uma atípica floração de diatomáceas, considerada um fenômeno natural, os pesquisadores procuraram identificar os processos físicos responsáveis pelo controle do desenvolvimento desse tipo de microalgas. O trabalho mostrou que o crescimento massivo das diatomáceas gerou um fluxo de gás carbônico, da atmosfera para a água, em valor aproximado de cinco vezes a média normal para a região pesquisada, do Norte da Península Antártica (conhecida pela sigla NAP, em inglês). Os pesquisadores observaram também que parcela significativa da biomassa produzida durante a floração se encontrava em processo de rápida sedimentação, isto é, em deslocamento para o fundo do oceano. Concluíram, assim, que a floração massiva de diatomáceas estudada, pelo rápido afundamento, foi pouco significativa para a cadeia alimentar da região, ao não servir de alimento para o krill antártico (invertebrado semelhante ao camarão), item fundamental da dieta de grandes predadores como focas, baleias e pinguins. O trabalho, contudo, mostrou o papel relevante realizado pelas diatomáceas para a chamada "bomba biológica", ou seja, para o sequestro de gás carbônico da superfície da água. A pesquisa poderá gerar ideias para o aperfeiçoamento de modelos matemáticos que tentam prever a dinâmica futura do fitoplâncton, de acordo com os impactos ambientais ocorridos na região.
As informações da pesquisa foram coletadas pelos pesquisadores ao longo da Península Antártica, a bordo do navio da Marinha brasileira RV Almirante Maximiano, durante o verão antártico de 2016. Foto: Divulgação.
Esse tipo de pesquisa é raro. Apesar de sua importância para o ecossistema daquela área e para o ciclo de carbono marinho, o conhecimento ecológico e de distribuição das diatomáceas no Oceano Sul permanece generalizado. Algas comuns em ambientes ricos em nutrientes das regiões polares e em zonas costeiras, as diatomáceas possuem papel relevante nos ciclos biogeoquímicos antárticos e respondem por cerca de 40% da produtividade primária marinha, sendo imprescindíveis para toda a cadeia alimentar da região da NAP. Além disso, são as principais mediadoras do processo conhecido como "bomba biológica", pelo qual essas algas, por meio da fotossíntese, retiram o gás carbônico da água, levando-o para o fundo do oceano, onde fica retido por centenas de anos. Como resultado do processo, a pressão parcial desse gás na interface do ar com a água se altera, gerando fluxo potencial de gás carbônico atmosférico para o oceano. Durante o período amostral da pesquisa, as diatomáceas dominavam uma ampla área da NAP, que incluiu os Estreitos de Gerlache e de Bransfield.
As algas são incapazes de se locomoverem contra as forças das correntes marítimas. Portanto, qualquer mudança que exista no compartimento físico do ecossistema pode afetar a sua sobrevivência ou desenvolvimento, tornando-as excelentes indicadores de mudanças ambientais ou climáticas. A NAP, por sua vez, se mostra um laboratório relevante para observações dos impactos sob os quais esses organismos microscópicos estão suscetíveis, devido a sua sensibilidade às consequências do aumento da temperatura. Desde a década de 1950, a região já registrou aumento médio de sete graus Celsius na temperatura de inverno, o equivalente a cinco vezes a média global. Devido a isso, a temperatura superficial da água na região aumentou, acompanhada pela retração dos glaciares e pela redução da cobertura de gelo. As mudanças físicas e climáticas na NAP são acompanhadas pelo declínio da biomassa de fitoplâncton, produzida durante o verão austral. As grandes diatomáceas vêm sendo substituídas por pequenas células de criptófitas, outro grupo de microalgas que não são consumidas pelo krill e, por isso, geram sérias consequências para a cadeia alimentar e biogeoquímica da região.
O trabalho foi financiado pelo CNPq no âmbito do Proantar e foi desenvolvido pelo Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL), da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
As informações da pesquisa, analisadas pelo bolsista Raul Costa, foram coletadas pelos pesquisadores durante um cruzeiro oceanográfico ao longo da Península Antártica, a bordo do navio da Marinha brasileira RV Almirante Maximiano, durante o verão antártico de 2016. O estudo cobriu a área do Estreito de Gerlache, que separa as ilhas de Anvers e Braband da Peninsula Antártica, o Estreito de Bransfield, entre as ilhas Shetland do Sul e a Península, e o Mar Bellingshausen, ao nordeste. Para o bolsista Raul Costa, a bolsa de Iniciação Científica (IC) do CNPq foi muito importante para o trabalho, pois permitiu a ele dedicação exclusiva ao estudo, sem a necessidade de buscar renda extra, o que inviabilizaria todo o processo. "Desenvolver esse tipo de pesquisa, ao menos para um oceanógrafo em formação, é um privilégio. Digo, pois este tipo de trabalho permite expandir muito o conhecimento, abrangendo um maior horizonte científico; isto sem levar em consideração a relevância do estudo, é claro", afirma Raul. O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto INTERações BIOlógicas em ecossisTemas marinhos próximos à Península Antártica sob diferentes impactos de câmbios climáticos (INTERBIOTA), contemplado pela Chamada Nº 64/2013 - MCTI/CNPq/FNDCT-Ação Transversal - Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR com o valor global de R$ 1.108.880,00.
O artigo pode ser acessado por meio do link:
https://aslopubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/lno.11437
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Qua, 21 Out 2020 11:54:00 -0300
Aberta Chamada ERC-Confap-CNPq
O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no conjunto de suas Fundações, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), lançam a Chamada ERC-CONFAP-CNPq 2020, para pesquisadores doutores vinculados a instituições de pesquisa brasileiras integrarem equipes de Pesquisadores Principais com projetos financiados pelo Conselho Europeu de Pesquisa (European Research Council - ERC).
Parceria ERC-CONFAP-CNPq
Esta Chamada é lançada por meio do Acordo (Implementing Arrangement) assinado entre a Comissão Europeia e o Confap, em 2016, e inclui o CNPq por meio do Arranjo Administrativo (Administrative Arrangement) assinado entre as instituições, em maio de 2018.
Em 2020, estão disponíveis para cooperação e integração de pesquisadores brasileiros, 545 projetos de pesquisa, multidisciplinares na fronteira do conhecimento, financiados pelo ERC. Alguns desses projetos reorientaram suas pesquisas para priorizar a busca por soluções para os problemas causados pela pandemia da Covid-19.
Fomento
Os projetos aprovados devem possivelmente ter início a partir do segundo semestre de 2021. As visitas poderão ser realizadas em um período contínuo ou divididas em visitas curtas, levando em consideração as restrições de cada país e instituições do grupo de pesquisa, em razão da pandemia de Covid-19. As Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e o CNPq apoiarão os projetos aprovados viabilizando as despesas de viagem. Os pesquisadores brasileiros aprovados na chamada continuarão a receber seus salários ou bolsas de acordo com os termos e condições de suas instituições.
Os pesquisadores brasileiros visitantes aprovados e incorporados no grupo de pesquisadores financiados pelo ERC poderão receber suporte dos projetos ERC, e o fomento poderá ser negociado e definido entre os Pesquisadores Principais (ERC Grantees) e os pesquisadores brasileiros.
Confira a lista de FAPs que aderiram à Chamada:
1- FAPDF (Distrito Federal)
2- FAPEAL (Alagoas)
3- FAPEAM (Amazonas)
4- FAPEG (Goiás)
5- FAPEMA (Maranhão)
6- FAPEMIG (Minas Gerais)
7- FAPEPI (Piauí)
8- FAPERGS (Rio Grande do Sul)
9- FAPERJ (Rio de Janeiro)
10- FAPES (Espírito Santo)
11- FAPESC (Santa Catarina)
12- FAPESPA (Pará)
13- FAPESQ (Paraíba)
14- FAPT (Tocantins)
15- FUNCAP (Ceará)
16- FUNDECT (Mato Grosso do Sul)*Outras FAPs ainda podem aderir à Chamada.
Submissão de Propostas
Para submeter uma proposta, o pesquisador vinculado a uma instituição brasileira deverá se cadastrar na plataforma do Confap (www.confap.org.br/news/ercform/public/login), observando as exigências do edital, para ter acesso à lista dos projetos fomentados pelo ERC que podem receber pesquisadores brasileiros, incluindo a descrição dos projetos fomentados pelo ERC e contatos dos pesquisadores desses projetos. Algumas FAPs podem ter critérios de elegibilidade específicos que devem ser consultados antes da submissão.
Cronograma:
- Abertura da Chamada: 21 de outubro de 2020.
- Apresentação da manifestação de interesse e pedido da lista: 01/02/2021
- Submissão de propostas: 01/03/2021Mais Informações:
- Clique aqui e acesse a Chamada ERC-CONFAP-CNPq 2020
- Esclarecimento de dúvidas e suporte podem ser solicitados pelo e-mail: confap.erc.ia@gmail.com
- Acesse a cartilha do ERC com resumo sobre a Chamada, clique aqui.
- Veja o depoimento do prof. Dante Barone, pesquisador da UFRGS, que realizou uma temporada curta em equipe financiado pelo Conselho Europeu de Pesquisa (European Research Council - ERC) em 2019.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=l60rlLAdo9w&feature=emb_logo
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Ter, 20 Out 2020 17:34:00 -0300
Pesquisadores clonam os primeiros embriões do veado-catingueiro
Projeto que envolve pesquisadores da UECE e da UNESP, com apoio do CNPq ,utilizou a técnica de transferência nuclear interespecífica para clonar os primeiros embriões de cervídeo neotropical.Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) conseguiram clonar os primeiros embriões de cervídeo neotropical, utilizando a técnica de Transferência Nuclear de Células Somáticas interespecífica (TNCSi). O experimento, que gerou clones do veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), foi pioneiro no mundo no tocante à clonagem de cervídeos neotropicais. Os trabalhos sobre a reprodução de cópias geneticamente idênticas de um mesmo cervídeo são raros. Segundo o professor Vicente José Freitas, da Faculdade de Veterinária da UECE, um dos coordenadores do projeto e pesquisador 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), não havia publicações sobre clonagem interespecífica em cervídeos tropicais até então. A experiência foi publicada em artigo no periódico Cellular Reprogramming. A equipe foi liderada pelo professor Vicente e teve a participação, além dos professores, de José Maurício Barbanti Duarte (UNESP), pesquisador 1B do CNPq e Luciana Melo (UNIFAMETRO). A pesquisa recebeu financiamento de cerca de R$ 800 mil, por edital do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FUNCAP/CNPq.
A reprodução do veado-catingueiro com a utilização da técnica TNCSi, com transferência de material nuclear dessa espécie para células de animais de fazenda, pode ser utilizada como modelo na reprodução de outros tipos de cervídeos. Para clonar o veado-catingueiro, os pesquisadores brasileiros utilizaram óvulos de cabras e de vacas, dos quais retiraram os respectivos núcleos, e fusionaram com o material de células somáticas retiradas da pele de um veado-catingueiro. Após o intervalo de seis a sete dias, os embriões começam a se desenvolver.
Embora a clonagem seja considerada uma ferramenta relevante para a conservação de espécies em risco de extinção, a obtenção de óvulos desses animais em grande número para se executar a técnica constitui um obstáculo. A técnica de TNCSi representa, dessa forma, uma solução, por permitir a utilização de óvulos de animais domésticos para a clonagem de espécies ameaçadas de extinção. A clonagem interespécies já foi utilizada com sucesso para inúmeros animais, como o lobo, o coiote e o camelo Bactrian. Um dos principais interesses na pesquisa desse tipo de técnica envolve a reprogramação das células somáticas, ou seja, células que não podem mais se transformar em outra célula. Pela TNCSi, a célula somática, quando juntada ao óvulo de outro animal, pode se transformar de novo, retornando ao estágio embrionário. Daí se cria um novo indivíduo.
No caso do experimento com o veado-catingueiro, os pesquisadores utilizaram um total de 124 óvulos de cabras e 777 óvulos de vaca para a clonagem. A disparidade nos números se deve à facilidade em se encontrar ovários desses animais nos abatedouros locais. Os resultados do estudo indicaram que os óvulos de cabras e vacas são capazes de reprogramar as células somáticas do veado-catingueiro. Os embriões resultantes do processo chegaram até o estágio de blastocisto, no caso da experiência com os óvulos de vaca. Nessa fase, o embrião se encontra apto para a transferência para a barriga de aluguel. No caso dos óvulos de cabra, os embriões se desenvolveram até o estágio de mórula, que é uma fase anterior à do blastocisto.
Para algumas espécies de veados de regiões neotropicais, já existem bancos criogênicos para estoque de células que podem ser utilizadas em técnicas de reprodução desses animais. O Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (NUPECCE) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) possui um banco de células de mais de um mil animais, pertencentes a 10 categorias de espécies de veados neotropicais. O banco funciona como um repositório da diversidade genética para pequenas populações. Porém, há dificuldades para se produzir embriões derivados dessas células, visto que a população em cativeiro desses veados neotropicais é pequena e não pode ser utilizada para procedimentos invasivos, como laparoscopia.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), das 10 espécies de veado-catingueiro conhecidas, seis são classificadas como vulneráveis e duas são consideradas como de menor preocupação. Não há informações suficientes para se categorizar as outras duas espécies. Veados-catingueiros são fonte de alimento para populações das Américas Central e do Sul e, por isso, passíveis de correr fortes riscos predatórios. No Brasil, se encontram oito espécies de veado-catingueiro, duas delas ameaçadas de extinção. Esse tipo de cervídeo é encontrado em quase todos os biomas do país, com exceção da bacia amazônica, e predomina em toda a região da Mata Atlântica.
A espécie brasileira tem servido como modelo para muitos procedimentos envolvendo cervídeos. O próximo passo dos pesquisadores envolvidos no projeto de TNCSi é o de encontrar uma espécie de animal doméstico que sirva como barriga de aluguel para a transferência de embriões do veado-catingueiro, em uma tentativa de que a gravidez seja levada a termo.
O link para o artigo se encontra abaixo:
https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/cell.2019.0069
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Qui, 15 Out 2020 13:25:00 -0300
Pesquisa na Chapada do Araripe amplia conhecimento da diversidade no NE
O estudo de esfingídeos, espécies de mariposas, tema de tese de doutorado da pesquisadora Talitha Rochanne Alves Abreu da Costa, sob orientação do Prof. Marcelo Duarte, bolsista PQ do CNPq, contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a diversidade desses insetos na região Nordeste do Brasil e sua distribuição na área do município estudado, localizado na Chapada do Araripe.O estudo de esfingídeos, espécies de mariposas, levantou novas informações sobre a biodiversidade do município de Santana do Cariri, Ceará, onde a pesquisa foi desenvolvida. Além do eventual reflexo em outras áreas do conhecimento científico, como por exemplo, na produção agrícola, o trabalho, tema de tese de doutorado da pesquisadora Talitha Rochanne Alves Abreu da Costa, sob orientação do Prof. Marcelo Duarte, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a diversidade desses insetos na região Nordeste do Brasil e sua distribuição na área do município estudado, localizado na Chapada do Araripe, área geográfica considerada de extrema importância para a conservação da biodiversidade da Caatinga.
Desde 2002, a Chapada do Araripe é citada por relatórios do Ministério do Meio Ambiente como uma das doze regiões brasileiras em que há necessidade do estabelecimento de programa especial de fomento para a realização do inventário biológico. Os esfingídeos ainda são pouco estudados na região, apesar da relevância dessas espécies para a economia local.
Paisagens e vegetação da Chapada do Araripe. Foto: Divulgação.Algumas das espécies pesquisadas durante o trabalho de campo da doutora Talitha da Costa são reconhecidas pelos danos que podem causar aos cultivos agrícolas durante o estágio larval. Uma das espécies mais abundantes encontradas na área estudada, Erinnyis ello ello, por exemplo, é considerada uma importante praga da cultura da mandioca, plantação comum em Santana do Cariri. A doutora Talitha afirma, porém, que, embora seja uma praga, Erinnyis ello ello é também um ótimo polinizador. A pesquisadora acredita que os resultados de sua tese, defendida em setembro de 2020 no Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), poderiam ser utilizados pelos agricultores locais, contribuindo para a diminuição do uso do agrotóxico e para o uso de maior controle biológico, visto que esses esfingídeos também são ótimos polinizadores. Assim, ao invés de usar o agrotóxico para retirar as larvas, os agricultores poderiam ser ensinados a coletar as lagartas de Erinnyis ello ello de maneiras mais salutares. Durante o trabalho que resultou na tese, a pesquisadora também coletou ácaros que parasitam os esfingídeos, registrando o Prasadiseius donahuei, espécie de ácaro que ainda não tinha sido registrada no Brasil.
Pesquisas sobre espécies de esfingídeos emblemáticos para programas de conservação contribuem para o entendimento da complexidade da biodiversidade tropical e de sua manutenção. No mundo são conhecidas 1.602 espécies de esfingídeos distribuídas em 205 gêneros. Para o Brasil, já foram registradas 196 espécies. Os esfingídeos são utilizados como indicadores biológicos em avaliações da qualidade ambiental em diferentes ecossistemas, além de serem agentes polinizadores de inúmeras plantas em zonas tropicais. A observação dos esfingídeos é dificultada por essas espécies terem hábitos noturnos, em sua maioria. Dada a dificuldade em observá-los em visitas às flores, consideram-se relevantes as informações adquiridas por meio do estudo de grãos de pólen aderidos a seus corpos, que indicam as interações ecológicas realizadas por esses grupos.
A pesquisa de campo do doutorado da Dra. Talitha, levantou mensalmente amostragens na Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, no município de Santana do Cariri, Ceará, entre agosto de 2016 e julho de 2018. O trabalho foi realizado durante 12 horas às noites, no intervalo das 17:30 horas às 5:30 horas, em período de lua nova, que aumenta a eficiência e a atratividade da armadilha luminosa.
Espécies atraídas pela armadilha luminosa. Foto: Divulgação
Das 37 espécies de esfingídeos coletadas, registrou-se pólen em 29 delas (76%), totalizando a identificação de 91 tipos polínicos de angiospermas. Identificou-se um total de 36 famílias de plantas. A pesquisa indicou que os esfingídeos, reconhecidos como utilizadores de plantas com grande tubo floral, também utilizaram outros tipos de plantas herbáceas e arbóreas. O estudo ampliou o conhecimento para 21 espécies de esfingídeos e incluiu dados novos para sete outras espécies sem nenhuma informação sobre o uso dos recursos florais. As espécies que tiveram mais informações ampliadas sobre os tipos polínicos utilizados foram Erinnyis ello ello, com 56 novos tipos polínicos, e Xylophanes tersa e Agrius cingulata, com 27 e 25 novos tipos polínicos, respectivamente. A pesquisa apontou também a direção sobre quais famílias e gêneros em que os estudos devem ser aprofundados, para a melhor compreensão dos serviços de polinização prestados pelos esfingídeos na Chapada do Araripe.
A tese de doutorado de Talitha da Costa foi desenvolvida sob a orientação do professor Marcelo Duarte, Vice-Diretor do Museu de Zoologia da USP (02/2018 ¿ 12/2021) e coordenador do projeto Contribuição do Museu de Zoologia da USP à implementação do SIBBR - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira, apoiado pelo CNPq, que concedeu ao professor ao professor 29 bolsas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial, com prazos que variaram de 12 a 36 meses, no valor total de R$ 1 milhão.
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Qua, 14 Out 2020 16:50:00 -0300
Uso da marca do CNPq à luz da LGPD
De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD (Lei n. 13.709, de 2018), todas as instituições - públicas e privadas - são responsáveis pelos dados pessoais que possuem em seus arquivos, documentos e demais meios, sejam eles físicos ou digitais, e devem zelar pelo tratamento dessas informações "com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural".
A não observância da LGPD gerará responsabilidades aos agentes públicos e privados que a descumprirem.
Diante desta realidade, o CNPq tem promovido as adequações necessárias para o devido cumprimento das determinações da LGPD. Dentre elas, está o uso da sua Marca Institucional do CNPq em materiais de divulgação, documentos oficiais, publicações e demais aplicações.
A Marca do CNPq somente é autorizada quando associada a apoio direto do CNPq. Nesse sentido, destacamos que a presença, individual ou coletiva, em repositórios públicos do CNPq, como o Currículo Lattes e o Diretório de Grupos de Pesquisa, não pressupõe autorização automática para utilizar a Marca do CNPq em seus trabalhos, pôsteres e demais instrumentos de divulgação, sendo impreterível a solicitação prévia de autorização do CNPq, por meio da Coordenação de Comunicação Social (comunicacao@cnpq.br).